O objetivo da oficina é estimular a criatividade, a imaginação e o raciocínio crítico dos alunos, além de promover o contato com a obra da escritora homenageada, Ana Maria Machado. A doutora em Linguística e Semiologia possui vasta obra literária, em que se ressaltam a resistência, a persistência e a luta contra o conformismo e o preconceito.
Serviço à comunidade
Para o organizador do Felit, Lúcio Teixeira Carvalho, a oficina traz benefícios à comunidade, formando leitores e cidadãos conscientes. “Vamos começar a ensinar, aos alunos, a arte da produção literária, contação [sic] de histórias, artes plásticas e gramática. Ajudamos a fomentar a reflexão, o gosto pela leitura e, com isso, a formar cidadãos críticos e conscientes. A gente trabalha a valorização deles como ser humano, a questão da dignidade e do raciocínio”, afirmou.
Andréa Maria Gonçalves, do Guarda-mor, mãe da aluna Maiara Gonçalves Coelho, diz estar muito ansiosa para ver o livro com o texto de sua filha. “Adorei a iniciativa. Se tivesse isso no meu tempo, acho que eu ia ler mais. Minha filha já escreve muito. Tomara que essa oficina abra o caminho dela e incentive outras pessoas”, comentou a mãe.
Livro
Após o término da oficina, em 26 de junho, os textos produzidos pelos alunos serão selecionados para compor o terceiro livro do Felit. Este será lançado no Festival e, depois, divulgado por Minas Gerais e posto à venda. “Ano passado, produzimos o ‘Versos Inversos’. Divulgar os livros é muito difícil. É um trabalho de formiguinha apresentar esse trabalho nas escolas de São João del-Rei. Tem escolas que nem sabem que seus alunos estão participando, poucas adotaram um dos dois livros em sala de aula. Precisa haver maior sensibilidade das escolas municipais, estaduais e, também, particulares para comprar os livros e, assim, apoiar o Felit e a literatura”, contou Lúcio Teixeira.
Ana Maria Machado
Um dos professores da oficina, José Antonio Oliveira de Resende, disse que as aulas quebram a resistência dos alunos quanto à leitura e à escrita e melhoram o rendimento em sala de aula. O professor de criação de textos literários ressaltou, ainda, a inserção dos alunos na prática discursiva de Ana Maria Machado. “Mostramos, aos alunos, as questões contra o preconceito e a apatia, que existem no bojo da obra da escritora homenageada. Fazemos com que eles vivenciem, sutilmente, essas ideologias, para que desenvolvam isso em sua escrita e carreguem esses valores à comunidade”, disse José Antônio.
Sônia Moraes Haddad, professora da Oficina de Produção Literária, destacou a força da obra de Ana Maria Machado e a importância de pôr os alunos em contato com os livros. “Sua obra é muito vasta, um total de 100 títulos publicados. Selecionamos livros com a questão da resistência, discutindo as artimanhas do poder; do conformismo social e da identidade. Vamos desenvolver, a partir do conhecimento da obra, um olhar amplo sobre esses temas e incluí-los no livro”, afirmou Sônia Moraes.
"Apuração no sábado de manhã sempre é foda. Mas fazer o quê... O tema foi interessantíssimo e animei de ouvir várias pessoas e apresentar diversos pontos de vista. Falei com os organizadores durante a palestra e segurei alguns professores do lado de fora. Curti a proposta da oficina que é outro dos grandes exemplos que gosto de exaltar: força de vontade de um grupo que luta contra a indiferença e ingerência política em busca de um fim maior. No caso, a educação e raciocínio crítico da molecada. Que o projeto continue dando frutois excelentes e cresca cada vez mais..."
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