A educação ganha mais um importante espaço
Os alunos serão encaminhados pelas escolas municipais, para que o corpo de profissionais do Cerei faça uma análise e prepare um plano pedagógico a fim de estimular o aprendizado na escola. Para o secretário municipal de Educação, Delço José de Oliveira, o Centro vem em boa hora para suprir a carência no atendimento a crianças especiais da cidade. “Temos muitas crianças portadoras de problemas. Elas têm que ser incluídas na educação de forma apropriada, não podemos ignorá-las. São crianças com dificuldade na aprendizagem, hiper-ativas, com problemas de audição, visão, fala, entre outros. O Cerei terá três psicólogas, duas pedagogas, um fonoaudiólogo, dois auxiliares administrativos e uma educacional para fazer atendimento e acompanhamento especial às crianças da rede municipal do município”, informou o secretário de Educação.
Demanda da região
Heliane Maria Braga, pedagoga e uma das idealizadoras do Cerei, afirmou que o projeto nasceu há três anos, quando ela e outras professoras perceberam a dificuldade de aprendizado que alunos, com problemas especiais, têm em sala de aula. “Já estava passando da hora de ter o atendimento de educação inclusiva, voltado, especificamente, às necessidades dessas crianças. Antes, íamos às escolas e orientávamos os professores sobre como trabalhar com crianças especiais, como deveria ser o material delas e indicávamos encaminhamentos médicos. Todavia, não era possível fazer esse atendimento na rede toda, precisávamos nos organizar e racionalizar. Com o apoio da Secretaria da Educação - que alugou o prédio, disponibilizou profissionais capacitados e cedeu a mobília - podemos inaugurar o Cerei”, disse Heliane Braga.
Como será o atendimento
O Cerei não é voltado para o tratamento clínico das crianças, ou distúrbios e depressão, mas, sim, para a aprendizagem. “Não fazemos tratamento psiquiátrico, centramos nosso trabalho na aprendizagem, atendendo a necessidade especial educacional. Os casos que não podemos cuidar aqui, buscamos fazer o encaminhamento para outra entidade, ou uma clínica. Vamos trabalhar a parte lúdica da criança, com jogos, músicas e brincadeiras para desenvolver o seu raciocínio e facilitar o aprendizado em sala de aula. A criança continua na escola normalmente e, após a aula, tem o atendimento especializado aqui no Cerei”, afirmou a pedagoga.
Portanto, o Centro opera em conjunto com a Escola, respeitando os horários e necessidades especiais das crianças. “Vamos trabalhar a família, os professores e a criança, conversaremos com eles para saber o tipo de atendimento que deve ser aplicado. Faremos diagnósticos, na área da psicologia, fonoaudiologia e pedagogia, para detectar porquê o aluno tem dificuldade na aprendizagem e tentar criar um método que reverta essa situação”, adiantou.
"Matéria legal de fazer. O Cerei era uma ideia antiga, incluida no Plano Quinquenal de educação. Agora, um projeto de um grupo pioneiro de professoras se torna realidade. O que mais achei interessante na apuração, foi o quão ainda se pode resistir à morosidade política. De modo sagaz e persistente, aquelas mulheres idealizaram o Cerei e brigaram para que ele fosse implantado. Ação exemplar de manifestação popular que deu certo. Elas ainda pensam em estender o projeto, aparelhar e tratar casos mais graves. A política é capenga, até demais, mas as ações populares conscientes e organizadas conseguem concretizar sonhos e mudar a cidade em que vivemos..."
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