terça-feira, 31 de agosto de 2010

Amarcord emociona descendentes italianos

A tarde do dia 29 de agosto, domingo, foi inesquecível para os muitos descendentes italianos que residem na Colônia do Giarola. O grupo italiano, Amarcord, emocionou uma plateia de cerca de 500 pessoas. A banda interpretou os grandes clássicos da música erudita da Itália com um toque mais popular, usando elementos teatrais, bateria e baixo. O espetáculo foi o ponto alto do 2º Almoço de Confraternização das Colônias Italianas, realizado na Capela de Nossa Senhora das Mercês.
Entre os meses de agosto e setembro de 2010, o Festival Palco Itália Itinerante, organizado pela Associação Ponte entre Culturas, em parceria com a Associação Cultural Ítalo-Brasileira (Acibra), promoverá a circulação do Gruppo Amarcord - Cia. Italiana de Teatro e Ópera Minas Gerais, por quatro estados: Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro, visitando um total de 15 cidades. O Projeto Palco Itália tem a finalidade de promover o intercâmbio cultural e artístico entre Itália e Brasil, ampliar a rede de cidades, comunidades e pessoas interessadas na pesquisa e na preservação da memória da imigração italiana e fortalecer a ligação entre os dois países.
Segundo a cantora e única brasileira da banda, Susie Georgiadis, a ideia nasceu por meio do Cláudio Martiolli, o fundador do grupo. A intenção é de levar a música lírica para um público vasto, de maneira alegre e descontraída. “A gente trabalha com árias de ópera e peças eruditas, mas com arranjos diferentes, com baixo elétrico e bateria. É inovador e ajuda a levar esse tipo de música para um público maior. Em nossa apresentação em Barbacena, no dia 28, estava muito frio, mas muita gente ficou até o final, dançou e se divertiu. As crianças participaram, é importante que desde pequenos tenhamos contato com uma música erudita, não tão comum no Brasil”, afirmou a cantora.
O diretor artístico do Amarcord, Claudio Mattioli, reforçou que ópera é para todos, não só para os intelectuais. Ele afirmou que se interessa pelos costumes brasileiros. “Gosto de tudo do Brasil, sua música, povo, cultura e comida. O Brasil tem grande tradição na ópera, muitos teatros brasileiros são especialistas nesse tipo de música. A música tradicional e popular brasileira tem elementos muito interessantes, principalmente o Samba e a Bossa Nova”, comentou o italiano da cidade de Modena.

Encontro
A confraternização dos descentes italianos começou às 12 horas, com um almoço meio italiano meio brasileiro, preparado pela comunidade. No salão da Capela, quase 600 pessoas almoçaram esperando pelo espetáculo dos italianos. O descendente, Ildo Giarola, de 68 anos, afirmou que o evento era uma boa oportunidade para entrar em contato com a cultura daquele país. “Está tudo muito bom. Eu sempre quis visitar a Itália. O show deu um gostinho”, elogiou Ildo.
O descendente italiano mais antigo do Giarola, Giacomo Taroto, de 81 anos, contou que, antes dele nascer, sua família emigrou para o Brasil porque a situação econômica da Itália estava enfraquecida. “Tem muito italiano e gringo aqui. Não tenho muito contato com a Itália, mas tenho vontade de visitar”, disse. A confraternização teve elementos brasileiros, Taroto descreveu como seria uma celebração apenas nos moldes italianos. “A festa italiana é diferente: é sob a sombra das árvores, com a panela de comida no chão. Mas essa mistura de culturas é boa”, afirmou o descendente.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Manifestações culturais tradicionais sofrem com falta de apoio

O Tijuco - em São João del-Rei - possui tradição centenária. Apontado como o berço das manifestações culturais da cidade, o bairro guarda inúmeras surpresas: pintores, escultores, artesãos, escritores, bordadeiras e uma infinidade de músicos das orquestras Lira São-Joanense e Ribeiro Bastos e da Banda Theodoro de Faria. Além disso, ainda sobrevivem grupos de Folia de Reis e Pastorinhas. Contudo, essas manifestações lutam para se manterem na ativa. Em sua maioria, não têm apoio da Prefeitura Municipal e carecem de uma política pública que dê amparo continuo aos seus trabalhos.
Por suas ruas sinuosas, passaram escravos, trazendo a força e diversidade dos costumes afro-descendentes. As manifestações culturais do bairro são permeadas da força africana e possuem a influência do catolicismo, garantindo a diversidade e riqueza da arte tijucana.

Cultura popular
Em um passado saudoso o Tijuco teve muitos grupos de Congada, Folia de Reis, Pastorinhas, além de Blocos e Escolas de Samba. Eles, além de fortalecer a tradição, ajudam com obras sociais, doando o dinheiro arrecadado nas festas. No entanto, segundo o folclorista Ulisses Passarelli, essa diversidade foi, pouco a pouco, se extinguindo. “Existiram vários grupos de Congado, que, inclusive, colaboraram com a construção da Igreja de Nossa Senhora do Operário. Com o passar dos anos, esses grupos desapareceram. Não existem mais no Tijuco”, afirmou o folclorista.
Os grupos de Folia de Reis se resumem a três, sendo um nas Águas Férreas, um na Rua São João e a Folia do Divino Espírito Santo, no Jardim São José. Por falta de reconhecimento ou mudança nos padrões culturais e sociais, essa manifestação foi sendo praticada por poucas pessoas, a quem Ulisses Passarelli chama de “herois da cultura”. “São pessoas que vem batalhando muito para se conservar. Sobrevivem pelo esforço de cada participante e, de modo especial, pelo responsável pela Folia”, disse.
Ele fez questão de destacar o Grupo de Pastorinhas, nas Águas Férreas, o único da cidade e um dos últimos do Campo das Vertentes. “As Pastorinhas são originais, não se submeteram às muitas alterações do tempo. São fieis aos seus padrões antigos. Eles se mantêm firmes, com muita luta”, elogiou Passarelli.
O folclorista indica que um dos fatores que condicionam o desaparecimento dessas manifestações é a falta de uma política pública voltada para a cultura popular, para o folclore. “Quando surge algo, é totalmente esporádico. Não tem nada! Os grupos não têm materiais de necessidade básica, uniformes, transporte para as apresentações e renovação de instrumentos. Isso se arrasta ao longo de anos e anos; o que colaborou para minar toda essa cultura”, argumentou Passarelli.
Ulisses reconheceu que o envolvimento da comunidade com esses grupos também é fraco. Para ele, é preciso valorizar, moralmente, fisicamente e economicamente, os grupos. “As comunidades estão dissociadas. Se não inserimos conteúdo dentro de escolas, associações, chamando as crianças a prestigiarem e dando aulas de cultura, a tendência é ir se desagregando cada vez mais. Gradativamente, vai se tornando cansativo para os próprios participantes”, disse o folclorista.

Música
Não é só de cultura popular que vive o Tijuco. Na Rua Santo Antônio estão as orquestras mais tradicionais do Brasil: a Lira São-joanense, com 234 anos, é considerada a segunda mais antiga do mundo; a Ribeiro Bastos tem 220 anos. Além delas existe a Banda Theodoro de Faria, que completou 108 anos de fundação em junho.
No entanto, de acordo com o presidente da Theodoro de Faria e trompetista Juanito André Sacramento os incentivos públicos municipais à cultura erudita também são escassos e efêmeros. “Nos mantemos por nós mesmos. Não temos ajuda nenhuma da Prefeitura, nem subvenções ou verbas de nada, apenas doações simbólicas dos alunos. Conseguimos levantar verba quando somos contratados para tocar”, conta Juanito.
A Banda tem um gasto alto com conserto de instrumentos, material didático e manutenção da sede. Mesmo com pouco incentivo, eles se integram muito bem à comunidade: três professores ministram aulas individuais de música (manhã, tarde e noite) a 42 alunos. “As aulas são gratuitas! Para matricular é só ter mais de oito anos, chegar aqui e falar que quer aprender música”, disse o presidente da Banda.

Rua São João
Uma das principais vias do Tijuco, a Rua São João, é um importante centro de cultura, onde moram muitos artistas, pintores, músicos, escultores e artesãos. A riqueza é tamanha que, às vezes, os próprios moradores não conhecem muitos dos artistas. Para o presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Bairro São José Operário, Edson Maciel, o ideal seria montar uma associação, com apoio da Prefeitura, com o intuito de divulgar e fortalecer a cultura do Tijuco. “A mão de obra artística é bem vista somente pelo turista. O povo da comunidade não valoriza os artistas que temos no bairro. Embora o apoio da Prefeitura seja mínimo, no bairro, têm pintores, escultores, talhadores e artesãos de mão cheia, com trabalhos muito bem feitos”, enfatizou Edson.
O pintor Wagner José Guimarães é um deles. Ele mora na Rua São João e expõe seus quadros no Centro da cidade e em feiras. Wagner pinta há 30 anos e reforça que o Tijuco é o bairro com mais artistas. Porém, o pintor avaliou que muitos passam dificuldades. “O apoio da Prefeitura Municipal aos artistas é nulo. Quase todos os artesãos fazem sua arte com muito esforço”, ressaltou Wagner. O autor do livro Retalhos de uma Sociedade, Antônio Gaio Sobrinho, concordou: “O povo do Tijuco é mais carente e pobre. O bairro foi, por muitos anos, esquecido politicamente”.
Apesar de todos os contratempos, muitos se esforçam para defender e perpetuar a cultura do bairro. A professora aposentada Vilma das Mercês Lopes juntou livros e, com a colaboração de outros moradores, montou uma pequena biblioteca na Praça Nossa Senhora de Fátima. Ela, ainda ensina, há 16 anos teoria e a prática de flauta doce a crianças do Tijuco. “O artista daqui não tem um reconhecimento das autoridades. Mas tem muita gente boa na arte. O bairro é riquíssimo e não é explorado”, disse Vilma.

"Tentei fazer um levantamento de algumas manifestações culturais do Tijuco e analisar como elas se sustentavam, se tinham apoio da prefeitura, se eram organizadas em um associação, etc. Não consegui encontrar muitas pessoas, descobri diversos artesãos, escultuores, escritores e pintores. Contudo, não há nenhuma referência no bairro de seus trabalhos. É necessário que os artistas se organizem e criem uma associação para divulgar suas obras. Caso contrário, fica muito difícil ter acesso a elas. Estou terminando uma segunda reportagem sobre o bairro, enfocando a instituições sociais e filantrópicas. Ela será publicada no final de semana."

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Aumento nos cargos comissionados pode configurar improbidade administrativa


Em reunião extraordinária da Câmara dos Vereadores do dia 13 de agosto, foi aprovado, em segundo turno, o Projeto de Lei nº. 5693, que reajusta em 3% os cargos comissionados no município. Contudo, o acréscimo é superior ao valor permitido em Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado junto ao Ministério Público de Minas Gerais. Caso a lei entre em ação, o ato configura descumprimento do TAC e pode gerar um processo de improbidade administrativa. O prefeito Municipal, Nivaldo José de Andrade (PMDB), foi comunicado pelo MP de que o Termo deve ser respeitado.

“O número de cargo comissionado tem um limite. Já avisamos o prefeito de que os valores do TAC devem ser respeitados. Caso contrário, caracteriza improbidade administrativa e podemos ajuizar o caso”, promotora

A promotora de Justiça, Adriana Vital do Valle, informou que a Lei nº. 5.693 modifica a cláusula de um documento judicialmente perfeito, assinado entre o Executivo Municipal e o Ministério Público. Esse TAC fixa em 10% a quantidade de cargos comissionados da Prefeitura e em 12% do Damae. “O número de cargo comissionado tem um limite. Já avisamos o prefeito de que os valores do TAC devem ser respeitados. Caso contrário, caracteriza improbidade administrativa e podemos ajuizar o caso”, afirmou a promotora.
Na Prefeitura, pela lei aprovada, os números passariam de 10% para 13%; e no Departamento Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Damae), sobem de 12% para 15%. Durante a tramitação legal, apenas as vereadoras Silvia Fernanda de Almeida (PMDB) e Vera Lúcia Gomes de Almeida (PT), a Vera do Polivalente, votaram contra.

Mais irregularidades
O dispositivo legal foi enviado àquela casa pelo poder Executivo com o objetivo de aumentar o percentual de cargos comissionados para ajudar na capina e limpeza de ruas e manutenção de praças e encanamentos. Contudo, a Constituição Federal, em seu artigo 37, incisos II e V, estabelece que os cargos comissionados não precisam passar por concurso e “destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento”. O salário dos comissionados gira em torno de R$ 1.500,00 reais.

“O TAC assinado extinguiu alguns comissionados. Eles estão fazendo falta para a administração municipal. Vou dar esse voto de confiança” Marcação

Defesa
Durante a tramitação, o vereador, João Geraldo de Andrade (PMDB), o João da Marcação pediu a palavra para defender o projeto de lei. Segundo ele, os cargos que serão criados já estão aprovados pela Prefeitura. “O TAC assinado extinguiu alguns comissionados. Eles estão fazendo falta para a administração municipal. Vou dar esse voto de confiança”, disse o vereador.
A edis, Rosina do Pilar Nascimento (DEM), conhecida como Rosinha do Mototáxi, também defendeu a revisão. Ela afirmou que espera que os novos servidores cuidem das praças de São João del-Rei, pois “o turista não quer ver cidade que está toda feia”. O vereador Gilberto Luís dos Santos (PT), o Gilberto Lixeiro, votou a favor, uma vez que “são cargos de R$ 550,00 reais, não vejo problema nenhum”, avaliou Gilberto Lixeiro. No entanto, nossa redação apurou que há funcionários comissionados no Damae ganhando em torno de R$ 2.000,00 reais.

"Os vereadores nem sabem defender o projeto, o Gilberto Lixeiro disse que os profissionais iriam trabalhar nas praças e limpando as ruas. Isso está errado. Os comissionados ficam dentro da Prefeitura, infelizmente, sem fazer nada” Mauro Pedro

Oposição
Vera do Polivalente se opôs ao projeto de lei. Ela explicou que iria pedir vistas. “Não iria adiantar nada, porque seria aprovado do mesmo jeito. Voto contra. Se o Damae está com as portas do caixão fechadas. como dizem, como que vai aumentar o número de comissionados, ainda em época eleitoral?”, indagou a vereadora. Sílvia Fernanda, também, manifestou sua posição desfavorável aos cargos comissionados.
O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (SindServ), Mauro Pedro Alves, acompanhou a tramitação e se posicionou contra o dispositivo legal. “Quando nossa classe negocia salário, a Prefeitura Municipal nunca tem dinheiro. Agora, eles criam mais cargos e aumentam a folha de pagamento, ainda mais comissionados. Os vereadores nem sabem defender o projeto, o Gilberto Lixeiro disse que os profissionais iriam trabalhar nas praças e limpando as ruas. Isso está errado. Os comissionados ficam dentro da Prefeitura, infelizmente, sem fazer nada”, comentou Mauro Pedro.

"Talvez minha matéria mais quente da edição. Tinha um texto até o dia do deadline. Após minha entrevista com a promotora, tive que mudar manchete, lead e corpo da materia. Além do mais, não tinha muita informação nem confirmações. Liguei para um monte de políticos tentando confirmar a história. No fim, fui feliz, escrevis as alterações em 10 minutos e acertei na mosca. O prefeito voltou atrás e acatou a exigência do MP. Sancionou a lei, mas não irá fazer as nomeações. Resta saber por quanto tempo o TAC ficará de pé."

Parceria Público Privada é apresentada aos vereadores


A situação do Departamento Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Damae) de São João del-Rei continua no impasse. O mais recente passo para definir o seu destino se deu na manhã do dia 9 de agosto, quando o diretor de projetos da empresa Actuale, José Roberto Silva, apresentou aos vereadores uma proposta para firmar uma Parceria Público Privada (PPP) com o município. O estudo foi contratado pelo diretor da autarquia, Jorge Hannas Salim.
A proposta prevê a hidrometração da cidade e a construção e manutenção de uma Estação de Tratamento de Esgoto. Tudo com investimento privado. O Damae continuaria recebendo as tarifas e repassaria um determinado valor à empresa. Para se tornar uma opção aos vereadores, o prefeito Nivaldo José de Andrade teria de enviar, à Câmara Municipal, um Projeto de Lei instaurando a PPP, que deverá ser colocado em votação.

Apenas propostas
A presidente da Câmara dos Vereadores, Jânia Costa Pereira da Silveira (PTB), disse que a apresentação do programa é bem-vinda. No entanto, ressaltou que é imprescindível a determinação de uma solução concreta para os problemas de água e esgoto de São João, até setembro deste ano. “Nesse encontro, falou-se, simplesmente, de uma Estação de Tratamento de Esgoto. Mas não temos apenas isso para resolver, há uma rede de canos de 50 anos debaixo da terra, com casos em que a água não chega às casas a contento. Eu esperava um pouco mais dessa palestra”, reconheceu a presidente da Casa.

A proposta
A implementação de uma PPP em São João del-Rei, conforme José Roberto, seguiria o modelo de concessão administrativa, isto é, o Damae continuaria recebendo as tarifas de água pagas pelos moradores e, após o funcionamento das obras, repassaria à empresa o valor combinado na licitação. Por outro lado, a iniciativa privada teria de financiar, construir, operar e prover a manutenção de uma Estação de Tratamento de Esgoto, com captação de esgoto, emissário e elevatórias e instalar hidrômetros em todos os imóveis. Ao final do contrato, as obras se tornariam patrimônio da cidade. “Com a PPP, o município tem que gastar menos do que em outro tipo de concessão”, afirmou o diretor de projetos da Actuale.
Com esse modelo, o Damae continuaria gerindo o sistema de água e esgoto e seus funcionários seriam mantidos, explica José Roberto. Para a administração pública, o ganho é a menor necessidade de pessoal, tempo e capital para a implementação de projetos. A empresa privada, por sua vez, teria um fluxo de receita estável por longo tempo e a divisão dos riscos com o município. “É uma mudança mental no modelo de gestão: a iniciativa privada cria obras para oferecer serviços ao Estado”, disse o diretor de projetos.

Garantias financeiras
A empresa contratada ainda não terminou o Estudo de Viabilidade Financeira da PPP. O que é instrumento principal para analisar se o município poderá oferecer as garantias econômicas necessárias à consolidação da parceria. “Sem esse estudo, não podemos apresentar a proposta em audiência pública. Devemos concluí-lo até o final do ano”, elucidou José Roberto.
Por outro lado, Jorge Hannas afirmou que “o prefeito que pode responder se tem condição ou não de assumir esse compromisso”. E acrescentou: “Não temos um estudo financeiro, mas a Copasa)também não tem. À medida que a proposta for aprovada, lançaríamos o edital e faríamos a licitação. Em um mês, começaríamos as obras”.

Copasa X PPP
O próximo passo seria o Executivo Municipal encaminhar o projeto à Câmara, que iria debater e escolher qual opção seria mais eficiente para resolver os problemas de água e esgoto da cidade: Copasa ou PPP? Contudo, como o tempo para essa decisão é curto, até setembro, a Câmara trabalha, apenas, com a proposta da Copasa. “Esperamos que a proposta de PPP fosse apresentada. O que eu tenho, hoje, em mãos é o projeto de concessão com a Copasa. Para que tenhamos uma segunda hipótese, o prefeito Nivaldo precisa encaminhar um outro projeto ao Legislativo”, informou Jânia Costa.

"Desse caso, não tem nada definido. A apresentação da PPP mostrou que ela é totalmente inviável, parece história para alongar mais a decisão. Não havia estudo financeiro e não há possibilidade do município conseguir obter as garantias. O que está em pauta continua sendo Copasa. Caso não haja prorrogação do prazo, ela que dve entrar, mesmo com o projeto todo errado que está nas mãos dos vereadores"

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Prefeitura apresenta Plano de Habitação de Interesse Social

Em um Teatro Municipal lotado, a Prefeitura Municipal de São João del-Rei apresentou à população, na segunda-feira, 16, o Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS). O Plano determina as ações de intervenção no setor de habitação, melhorando a condição de moradia dos cidadãos, com enfoque nas famílias com renda de zero a três salários mínimos. Ao serem enquadradas no projeto Minha Casa Minha Vida, elas poderão, de acordo com os critérios estabelecidos, terem suas casas financiadas com recursos federais.
A primeira das três etapas do PLHIS está praticamente concluída. Ela diz respeito à coleta de dados e informações que indiquem características de São João, tais como: identificação do papel do município na região, análise da economia local, estudo do uso e ocupação do solo e estimativa do déficit habitacional.
A segunda etapa deve começar ainda neste mês. Nela, a equipe coordenada pela Secretaria Municipal de Governo, Articulação Comunitária e Esportes irá traçar um diagnóstico da situação do setor habitacional da cidade. Isso inclui: mapeamento dos assentamentos precários, definição de homogeneidades dos mesmos e determinação de áreas prioritárias. O Plano de Habitação tem, ainda, uma terceira etapa e deverá ser entregue ao Ministério das Cidades em dezembro deste ano.

Déficit habitacional
O Ministério das Cidades indicou que São João tem um déficit habitacional de 5 mil moradias. Segundo o responsável pelo setor de Arquitetura e Urbanismo do PLHIS, Diogo Fiche, foram feitas visitas técnicas nas residências para avaliar quais estão em condições precárias e necessitariam de uma intervenção. “Fomos a áreas de perigo analisar a condição das moradias. Elas precisariam ter, pelo menos, a infraestrutura básica para garantir a cidadania”, afirmou o arquiteto urbanista.
O administrador da empresa de consultoria contratada para elaborar o Plano, Ronildo Assis, informou que a população tem grande importância na formulação do estudo. “A gente não conhece, de fato, os problemas que estão nos bairros e nas periferias. Por isso, as pessoas têm que participar dizendo quais os problemas do local para que o documento seja o mais fiel possível”, disse o administrador.
Casas populares
Os programas habitacionais em andamento nesta cidade irão construir 660 unidades no Tijuco, sendo 440 na primeira fase e 220 num segundo momento; além de mais 408 unidades no Mirante del-Rei, bairro São Dimas e 144 no Residencial Imperial, Bonfim. A previsão de conclusão das habitações é até meados de 2011. Além da reconstrução gratuita de 31 casas que estão em risco de desabamento.

"Bom, fui nessa apresentação. O trabalho me parece bem consistente, dentro dos padrões definidos pelo Governo Federal. A Prefeitura Municipal apresentou esse plano como mais um de seus atos milagrosos, sendo que o Plano é uma exigência nacional para a liberação de verbas. O prefeito fez um discurso acalorado listando todas as obras do seu mandato e falando, novamente, que São João é o maior canteiro de obras do Brasil e tem a melhor merenda desse país. Duas falácias un tanto arrogantes, sem medição nacional e a despeito do orgulho de Nivaldo, sem muito impacto prático. O governo municipal se vangloria de jogar asflato sobre aslfato. Fato é que isso é feito sem nenhum estudo urbanístico ou preocupação com o desenvolvimento da cidade. Muitos dos trechos terão de ser quebrados para a contrução de esgotamento. Em falar em políticas públicas, o que vemos nesse governo do Nivaldo é um aumento considerável no assistencialismo, com muita propaganda ao redor dos atos, tidos como ato de filantropia de nosso prefeito. Os programas de governo não executados sem qualquer plenejamento, já, muito discretamente, criticado pela Câmara de Vereadores. E vamos tocando."

Prefeito volta atrás e alvarás terão 30% de desconto


Os alvarás de funcionamento do comércio são-joanense tiveram neste ano, em média, 300% de aumento. Insatisfeitos com o reajuste, os comerciantes, orientados pelo Sindicato do Comércio Varejista de São João del-Rei (SindComércio) e pela Associação Comercial e Industrial (ACI), não pagaram a taxa. Após a pressão da categoria, o prefeito Nivaldo José de Andrade resolveu enviar um Projeto de Lei, à Câmara dos Vereadores, concedendo 30% de desconto a quem ainda não pagou o alvará. Quem já quitou os boletos receberá o desconto no próximo ano.
Segundo o presidente do SindComércio, Wainer Pastorini Haddad, o preço que havia sido cobrado para a emissão do alvará de 2010 foi muito superior ao de 2009. Assim como no Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), houve aumentos de até 300%. Em decorrência disto, o Sindicato entrou em negociação com a Prefeitura para reduzir os valores.
O SindComércio aconselha a categoria a não pagar o alvará até que o Projeto de Lei tramite na Câmara dos Vereadores. O que deve demorar cerca de um mês.

Negociação
Após uma reunião com representantes do setor comercial, no dia 9 de agosto, Nivaldo Andrade ficou de enviar o Projeto de Lei para a Câmara Municipal. Se aprovada pelo Legislativo, a lei garantirá que o preço de 2010 seja o mesmo em 2011. Contudo, aproximadamente, 1.632 comerciantes já quitaram seus alvarás e só receberão o decréscimo no próximo ano, caso o dispositivo legal seja promulgado. O prazo de pagamento vence em 30 de setembro próximo.
De acordo com Nivaldo de Andrade, no começo do ano, o IPTU e o Alvará tinham sofrido um reajuste porque a Prefeitura precisa melhorar sua arrecadação. “Estamos com R$ 2 milhões para pagar, mas não temos dinheiro. O aumento era um meio de arrecadar e celebrar convênios”, explicou o chefe do Executivo.
Segundo ele, a decisão de enviar outro dispositivo legal à Câmara dos Vereadores, baixando o preço do alvará, tem o objetivo de evitar um grande número de inadimplência¬. “Em 2009, fizemos um estudo e percebemos que o valor do alvará estava defasado. Então, mandamos à Câmara o Projeto de Lei 4.393/09, que determina alguns acréscimos. Mas, neste ano, os comerciantes disseram que o reajuste foi muito grande. Aí, nós reavemos e resolvemos dar 30% de desconto”, afirmou Nivaldo Andrade.

IPTU
Em 2010, haverá outro recadastramento imobiliário. O prefeito garante que o IPTU das regiões periféricas não será aumentado. Porém, reconhece que, com as duas revisões (valores do IPTU e alvará), a receita tributária será menor que a esperada.
Para reverter esse quadro, Nivaldo Andrade já fala em fazer reajustes no IPTU que será cobrado, em 2011, das regiões centrais da cidade. De acordo com o secretário de Arrecadação e Compras, José Antônio Furtado Sobrinho, neste momento, não está nada definido. “Sabemos, apenas, que iremos reavaliar os imóveis que tenham expandido e terrenos em construção. Isso, fatalmente, será inserido para o ano que vem”, informou José Furtado.

"Uma das minhas principais matérias nessa edição. Não me autorizaram participar da reunião de negociação, tive que reconstituir as falas e as propostas. Fato é que o prefeito reconheceu seu engano, novamente, no aumento incabível do Alvará. Os comerciantes fizeram pressão, se negaram a pagar e conseguiram uma promessa de redução no valor. Mas como que será dado esse desconto? Diz-se que a lei será revogada, que se dará duas revisões. Só que a lei do alvará tem que ser aprovada em um ano, para valer para o seguinte. Ou seja, a de 2010 foi promulgada no ano passado. Não sei se essa alteração, nesse ano, será valida. Será que essa proposta do prefeito foi feita para ganhar tempo? Muitos comerciantes já pagaram, com medo de perder suas licenças de funcionamento. E os vereadores, terão que alterar a lei por erro alheio outra vez? A história é quente, vamos ver no que dá."

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Praça Santa Terezinha oferece perigo às crianças

“A praça tem brinquedos para as crianças. Mas eles estão muito mal conservados. Ao invés de serem benéficos, tornam-se maléficos, uma vez que os escorregadores, balanços e a quadra estão abandonados e precisam de manutenção. Do jeito que está, de diversão passa a ser um transtorno, porque pode machucar e dar tétano por causa da ferrugem”. Esta opinião do aposentado de 60 anos, Yoshikuni Ashidani, sobre a Praça Santa Terezinha, em São João del-Rei, exemplifica o descontentamento geral dos moradores do bairro.
Alguns pais até proibiram seus filhos de brincar no local por causa do mal estado de conservação. Esta reportagem verificou in loco a situação precária: a quadra está esburacada, com as traves presas por ferros; os balanços foram destruídos por vândalos e muitos brinquedos estão enferrujados, com lascas de ferro pontiagudas que, facilmente, poderiam cortar uma criança.
Quando questionado, há duas semanas atrás, a respeito do caso, o secretário municipal de Serviços Urbanos, João Madalena, afirmou que estaria providenciando a manutenção do local, ainda nesta semana. “Vamos mandar um fiscal lá para ver o que precisa ser feito. Aí, vamos dar uma geral na pracinha”, garantiu Madalena.
Contudo, até o fechamento dessa edição, a Praça Santa Teresinha não havia recebido nenhuma reforma. Madalena explicou que a secretaria de Obras está com muito serviço e não pode comprar materiais. “Nosso planejamento é terminar o que já começamos: a Praça Senhor Bom Jesus de Matosinhos e asfaltos pendentes. Não temos condição nenhuma de pegar mais serviços, até porque não podemos comprar nada. A praça será arrumada. Mas não agora, de imediato”, reconheceu o secretário.

Segurança pública
Os moradores temem, também, pela segurança de seus filhos. “Já vi vândalos quebrando e pichando os brinquedos. Um dia desses, os mendigos estavam muito bêbados e atearam fogo numa árvore. Não podemos deixar janela aberta nem um minuto, já teve tiroteio na frente da minha casa. Deveria ter mais segurança, a Polícia Militar poderia passar mais vezes por aqui”, comentou a professora de ginástica, Meire Alves, de 32 anos. A operadora de caixa Simone Silveira Moreira, de 23 anos, também se diz insegura: “Ficam vários mendigos lá, fazem as necessidades na praça, irritam as crianças e batem na porta das casas. Não me sinto segura, ficou bem perigoso”.
O chefe de policiamento do 38º Batalhão de Polícia Militar, capitão Edinilson Correia da Costa, informou que intensificará o policiamento no local. “Realizamos as rondas lá. Fazemos um apelo aos moradores para que, reconhecendo alguns suspeitos, liguem para o 190 e denunciem, que deslocaremos uma viatura. Mas, se os mendigos estiverem lá sem fazer bagunça, não podemos fazer nada. Isso é um problema de Assistência Social. Precisamos do envolvimento de outros órgãos para resolver essa situação”, disse Costa.

Praça mal conservada
A situação precária dos brinquedos irrita os moradores, a quadra está esburacada, com traves caindo e o parquinho em péssimo estado. “Está tudo detonado, uma vergonha!”, disse o comerciante de 40 anos, Osvaldo Ribeiro. Os moradores pediram que fosse feita a manutenção do local, que pessoas passem, regularmente, para verificar se os parquinhos estão arrumados e limpos. “Não adianta nada fazer a praça, deixar tudo bonito e abandonar. Às vezes, vem marginaizinhos destruir os brinquedos”, comentou Meire Alves.
Também houve reclamações do sanitário público do coreto, que está sujo e tiveram seus vidros quebrados a pedradas. “Esse banheiro é uma vergonha! Tanto que ele foi interditado porque teve foco de dengue. É fora de série”, reclamou o aposentado Camilo Leles Campos, de 56 anos.

Acidentes
Não há morador do entorno da Praça Santa Terezinha que não tenha visto algum acidente envolvendo as crianças que ainda brincam no local. “Eu vi a trave do gol cair na cabeça da criança e fazer um machucado grande. De vez em quando, os meninos cortam o pé nos buracos da quadra”, contou o historiador Bruno Nascimento Campos, 27.
A cabeleireira de 40 anos, Maria Cláudia, também relatou um acidente e proibiu sua filha de frequentar a praça. “Semana passada um menino cortou o pezinho numa ponta de ferro enferrujada, teve que dar seis pontos. Aqui não tem mais lazer. Tenho uma filha de sete anos e não deixo ela brincar lá, porque está muito perigoso”, afirmou

"Matéria de reclamação de bairro é um exemplo básico do funcionalismo da comunicação. Elas têm importância para os moradores divulgarem os problemas que afligem a vizinhança e cobrar ação dos políticos. Além disso, é, sempre, fonte básica de conhecimento para o jornalista, que entra em contato direto com a população e suas reivindicações."

13º Festival Gastronômico de Tiradentes homenageia as mulheres


“O tema do 13º Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes será a mulher. Tudo é mulher! Todas as chefs são mulheres, os eventos culturais têm cantoras e expositoras de artes plásticas e cênicas. Então, para quem gosta delas, vai estar cheio de mulher lá”, disse, em tom muito humorado, o organizador do Festival, Ralph Araújo Justino. O Festival começa nesse sábado, dia 20, com a vasta lista de atrações da Feira de Quitutes e Quitandas e da Conspiração Gastronômica, além de várias apresentações artísticas. A programação completa pode ser acessada no site: www.culturaegastronomia.com.br. O encerramento será em 29 de agosto.
O 13º Festival Gastronômico de Tiradentes custou R$ 2 milhões de reais. A organização espera uma movimentação de renda no município de, aproximadamente, R$ 6 milhões de reais, gastos pelos turistas em pousadas, lojas, restaurantes e hotéis. A expectativa é que um público de 30 mil pessoas compareça à cidade durante os 10 dias do evento. “O investimento é dos patrocinadores. O fluxo de renda atraído fica direto nas cidades. A gente ainda paga a Prefeitura Municipal de Tiradentes para usar o espaço público”, informou o organizador.

Mulheres
Cozinheiras tradicionais em residências familiares, as mulheres não tinham o mesmo sucesso que os homens na, chamada, alta culinária. Contudo, esse cenário vem sendo alterado rapidamente. Elas não só fazem parte do melhor time de chefs do país, como ganharam vários prêmios de gastronomia em todo o mundo. “Escolhemos esse tema porque percebemos que, há algum tempo, as mulheres estão ocupando mais lugares na alta gastronomia. Isso é uma tendência da gastronomia no Brasil e no mundo. Resolvemos prestar uma homenagem a elas”, afirmou Ralph Justino.

Gastronomia e cultura
Além da vasta possibilidade de sensações gastronômicas, o visitante poderá apreciar exibição de cinema ao ar livre, espetáculos de teatro, shows, recitais, artes circenses exposições, bem como diversas palestras e mini-cursos. “É evento demais! Tem muita coisa. A cidade faz uma programação especial, com festins, almoços, jantares, cursos. Muitas das atrações culturais são gratuitas”, comentou Ralph Justino.
As possibilidades são tantas, em um universo cultural tão rico quanto o Campo das Vertentes, que o Festival se expandiu e tem roteiros em outras cidades. “Estamos tentando avançar essa parte. Temos três restaurantes de São João del-Rei e mais um de Ritápolis participando do evento com programação especial. É interessante fazer essa ação regional. É uma experiência que começamos agora, mas espero que ela dê retorno para ampliarmos em 2011”, informou Ralph.
A rede hoteleira de Tiradentes está quase toda lotada. As melhores pousadas da cidade não têm mais vagas. O alto fluxo de turistas que o Festival Gastronômico atrairá durante os seus 10 dias deve aproveitar a riqueza arquitetônica e cultural, também, dos municípios vizinhos. “O turista que vem para o evento não fica o dia inteiro em Tiradentes. Ele vai passear em São João e região. Nosso município acaba sendo muito privilegiado, porque muita gente passeia de Maria Fumaça e se hospeda aqui”, concluiu o organizador.


BOXE 01 – Chefs

Dia 20:
• Margot Janse/ Hotel Le Quartier Français, Franschoek, África do Sul: Margaret ocupa o 31º lugar no ranking Restaurant Magazine dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo. De nacionalidade holandesa, ela pratica a cozinha de produto, que privilegia a estação e os ingredientes disponíveis no pomar orgânico do hotel onde trabalha e dos produtores locais.
• Helena Rizzo, do Restaurante Maní (SP): Rizzo faz cozinha moderna, resultado das várias influências e lembranças de infância. Valoriza o produto por meio da utilização de técnicas arrojadas e apresentação inusitada.

Dia 21:
• Angela Hartnett, do York & Albany, em Londres, Inglaterra: Com nacionalidade inglesa, Hartnett tem a cozinha de herança familiar, com acento italiano, apresentada em releituras modernas e valorização dos ingredientes. Nos últimos sete anos, ela emergiu como uma das chefs britânicas de maior sucesso.
• Rougui Dia, do Petrossian, em Paris, França: Francesa e de origem senegalesa, Rougui está à frente do restaurante Petrossian, Le 144, onde faz uma cozinha de integração, unindo ingredientes, sabores e temperos da própria memória de infância aos ingredientes tradicionais do restaurante.

Dia 27:
• Bel Coelho, do Restaurante dui (SP): Coelho cozinha fusion, combinando várias culturas e utilizando técnicas e tecnologias atuais para releituras de clássicos.
• Reine Sammut *Michelin, Melhor Chef do Ano e Maior Graduação do Guia Gault et Millau: Há 30 anos, Reine Sammut deixou o curso de Medicina para abrir um restaurante com o marido Guy e a sogra em Lourmarin. Lá, ela e o marido cuidavam do salão enquanto a cozinha estava à cargo da mãe de Guy. Aos poucos, Reine foi se envolvendo na cozinha até substituir a sogra.

Dia 28:
• Adeline Grattard / Yam Tcha, Paris, França *Michelin: De nacionalidade francesa, Adeline é uma jovem cozinheira, mas acaba de ganhar sua primeira estrela Michelin. O restaurante Yam’Tcha – que significa beba chá em mandarim – oferece comida feita com técnicas e temperos asiáticos.
• Pepa Romans / Casa Pepa, Ondara, Espanha *Michelin: Especialista em arrozes, Pepa faz uma cozinha espanhola de produto, principalmente frutos do mar da própria região.

Casos de gripe suína caem em São João del-Rei

Os números de gripe suína estão baixos em São João del-Rei. Até o fechamento dessa edição, a Vigilância Epidemiológica havia contabilizado dois casos suspeitos sendo que ambos os testes deram negativo. No mesmo período de 2009, houve 97 suspeitas e 12 pessoas foram tratadas com o medicamento Tamiflu.
Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Eliene Jaqueline de Andrade Freitas, a queda nos números já era esperada, tendo em vista a vacinação de, aproximadamente, 56 mil são-joanenses. Ela informa que a imunização dos grupos de risco - gestantes, doentes crônicos com mais de 60 anos, crianças de seis meses a cinco anos e adultos de 20 a 39 anos - continua em todos os Postos da cidade.

No Brasil
O número de casos graves e de mortes provocadas pelo vírus Influenza H1N1 caiu este ano, em todas as regiões do país, resultado da vacinação de 88 milhões de pessoas. Segundo a análise preliminar do Ministério da Saúde, até o mês de julho, foram notificados 727 casos de pessoas que precisaram de internação e 91 mortes. Mesmo com a redução de casos, o Ministério da Saúde informou que continuará monitorando o vírus no país.
De acordo com Eliene Jaqueline, o Brasil se encontra numa pandemia com predominância dos casos leves da doença. “Isso é uma vantagem. Mesmo assim, devemos incentivar as medidas de prevenção, pois o vírus tem alta capacidade de mutação, queremos evitar surpresas. Caso alguém apresente sintomas de gripe suína, deve procurar o médico antes de qualquer coisa”, orientou. Ela acrescentou que serão dadas aulas instrutivas nas escolas e distribuídos documentos informativos. “Estamos à disposição da população para esclarecer qualquer dúvida”, disse.

Vacinação
Todos os Postos de Saúde de São João del-Rei continuam aplicando as vacinas a quem pertencer a um dos grupos de risco definidos pelo Ministério de Saúde. A meta era vacinar 38.649 são-joanenses até 21 de maio. Contudo, foram imunizadas 56 mil pessoas, representando 70% da população total da cidade. “Cumprimos a meta de 80% em todos os grupos, exceto o das gestantes, que foi de 75%. No geral, a cobertura foi muito boa, além das expectativas do Ministério da Saúde”, avaliou Eliene de Andrade.
A coordenadora reafirma a importância de continuar tomando as medidas de prevenção contra a gripe suína, uma vez que nem todos foram vacinados. “Às vezes, alguns deixam de se prevenir. Claro que a imunização é um ganho relevante, mas ela foi aplicada, apenas, nos grupos com maiores chances de desenvolver a forma mais grave da doença. As pessoas devem continuar atentas”, enfatizou.


Casos em 2009
Segundo dados da Coordenadoria de Epidemiologia de São João del-Rei, os casos suspeitos de gripe suína, em 2009, chegaram a 208, sendo que, destes, 44 foram feitos o exame. Seis deles deram positivo e outros 13 negativos. Além disso, 135 pessoas receberam o medicamento Tamiflu, indicado para tratar a doença e outras 17 entraram em contato direto com portadores do vírus.

BOXE 01
O que é a gripe suína, como identificar e prevenir

• A gripe suína é uma doença causada pelo vírus Influenza H1N1. Recebeu este nome por ser comum entre os porcos. O agente infeccioso sofre frequentes mutações.

• A transmissão do vírus acontece de diversas formas: pelo contato direto com uma pessoa infectada, por meio de tosse ou espirro, pelas mãos e objetos contaminados.
• Os principais sintomas são febre alta, cansaço, dores musculares, tosse, fadiga, falta de apetite, vômitos e diarreia. O tempo para que a pessoa os desenvolva é de 24 a 48 horas.

• A gripe suína representa risco de morte quando atinge, diretamente, os pulmões, inflamando-os e levando o paciente à insuficiência respiratória. Outra forma fatal da gripe é quando ela age nos músculos, trazendo problemas no funcionamento dos rins e do coração.

• Como se prevenir: Cobrir nariz e boca ao tossir e espirrar; manter as mãos sempre limpas com água e sabão, principalmente, após espirrar ou tossir; evitar contatos com pessoas doentes.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Janelas exala arte pelas ruas de São João


Durante o mês de agosto, o projeto “Janelas para Mulheres” faz inserções culturais nas ruas de São João del-Rei. Além de interagir com a cultura da cidade, os teatros de rua têm a intenção de agregar valores e costumes do povo são-joanense para a criação de um grande espetáculo participativo, previsto para o início de setembro.
A criação coletiva e progressiva é apenas um dos atrativos desse projeto. O “Janelas para Mulheres” ministra três oficinas gratuitas: Fabricação de Marionetes Gigantes, Percussão e Teatro de Rua, com o envolvimento de quase 100 alunos. De acordo com a coordenadora e idealizadora do projeto, Raquel Meneses, a intenção é capacitar um grupo de Teatro de Rua para atuar em del-Rei. “Ele deve continuar o trabalho, criando novos espetáculos”, afirmou Raquel.

Oficinas
Já passaram 60 alunos pelas oficinas gratuitas. Para Raquel, o resultado está sendo muito positivo, por causa do interesse e envolvimento das pessoas. O estudante, Zilvan da Silva Lima, de 21 anos, faz a oficina de Marionetes Gigantes. Ele contou que está sendo uma experiência ótima. “Os professores são bons e objetivos. É tudo direto. Pretendo usar o que estou aprendendo aqui para fazer outros bonecos. Está engraçado conversar com os franceses, nos comunicamos por grunhido, pelo som dos objetos. É muito legal”, disse.
O artista plástico do Bichinho, distrito de Prados, Marcelo Maia, de 39 anos também faz a oficina de Marionetes Gigantes. Ele relatou que aprendeu novas técnicas na formação da face dos bonecos “principalmente, nariz e boca. A professora é fera”, elogiou. O artista descreve que o ambiente compartilhado por brasileiros e estrangeiros no Galpão da Rotunda é harmonioso. “Parece que convivemos juntos há muito tempo”, afirmou Marcelo.

Criação coletiva
Dia 12 de julho, os membros do “Janelas para Mulheres” foram visitar grupos de terceira idade, como a Turma da Alegria, a Associação de Aposentados (ASAP) e a terceira idade da UFSJ. “Chamamos isso de teatro ambulante. Fizemos intervenções cênicas para colher histórias de mulheres da comunidade. Em cima do que nos contaram, escrevemos uma base de trabalho”, explicou o coordenadora do projeto.
O espetáculo está em plena fase de desenvolvimento não Galpão da Rotunda. A equipe trabalha no enredo, no figurino e na montagem dos bonecos gigantes, processo que deve terminar até o final do mês. “Em setembro, já devemos estar com a peça nas ruas”, pretende Raquel de Meneses.

Parceiros
Duas companhias de arte francesas estão participando do projeto: “Arts Nomades” e “Les Grandes Personnes”. Elas estão contribuindo com todo o processo de criação e trocando experiências com os alunos das oficinas. “Estou há três anos tentando fazer essa ponte entre a arte que fazemos na França e o Brasil. O Ano da França no Brasil (2009) foi importante para isso. Conseguimos a verba para que o intercâmbio acontecesse esse ano”, informou Raquel.
Segundo ela, foi proposta uma parceria com o curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de São João (UFSJ). O que não se concretizou, uma vez que aquele curso já está com muitos projetos. Os parceiros do Janelas para Mulheres são: Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura; Secretaria Municipal de Cultura e Turismo; Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e Ferrovia Centro Atlântica (FCA).

"Como só irá sair uma nota no jornal, resolvi fazer um texto para divulgar esse projeto tão bacana aqui no blog."

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O ex-embaixador, Rubens Ricupero, divulga livro sobre Tancredo e abre o segundo semestre letivo da UFSJ


Em tom solene e honroso, a Universidade Federal de São João (UFSJ) recebeu o multi-titulado, Rubens Ricupero, no dia 10 de agosto, para abrir o segundo semestre letivo de 2010. No anfiteatro do campus Santo Antônio, ele palestrou, com muita propriedade, acerca de temas muito variados: Tancredo Neves, economia, ética, moral e conjuntura.
Com fala extensa e fluente, Ricupero esbanjou tranquilidade e sabedoria ao contar casos da viagem que, após vencer as eleições indiretas a Presidente da República, Tancredo de Almeida Neves realizou ao redor do mundo, antes de assumir o governo. Todas as histórias foram escritas em seu livro recém-publicado, "Diário de Bordo – A Viagem Presidencial de Tancredo Neves".
"Eu tenho certeza que seria um grande presidente. Teria feito um governo extraordinário! Era um homem de extrema sabedoria, a quem todos respeitavam” (Ricupero)

Segundo Ricupero, aquele foi o único momento em que Tancredo exerceu a presidência do País. Durante aquela viajem, o chefe da nação fazia planos e traçava estratégias de seu governo. “Tancredo tinha uma postura muito comedida e cautelosa, pois era o primeiro presidente civil do Brasil pós-ditadura. Em suas conversas, já traçava metas e tinha em mente o que faria em seu mandato. Eu tenho certeza que seria um grande presidente. Teria feito um governo extraordinário! Era um homem de extrema sabedoria, a quem todos respeitavam”, descreveu o ex-embaixador.

Economia
Rubens Ricupero analisou a atual conjuntura nacional como o melhor momento do Brasil em toda sua história. Hoje, não há perseguição ideológica e sistema político é pluralista, com alternância dos partidos no poder e grande abertura para o debate de opiniões. “Essa geração vive um bom momento. Há 25 anos que não ouço rumores de golpe militar ou de quaisquer complôs para instaurar uma ditadura”, afirmou.
O ex-ministro da Fazenda, presenteou a plateia com uma rápida e consistente interpretação acerca da economia brasileira dos últimos 25 anos. Ele elucida que o Brasil já não sofre mais os problemas passados com a inflação. Para ele, os governantes estão conseguindo arrefecer um dos maiores problemas dessa nação: a desigualdade social. “Melhoramos a distribuição de renda e o acesso aos bens de consumo. Mas não devemos nos iludir, pois a disparidade ainda é grande”, avaliou Ricupero.

Moral e ética
As palavras de Rubens Ricupero deram um passeio filosófico. Ele apontou quatro grandes ideias forças, que justificariam uma vida. São elas: a defesa do Meio Ambiente, a igualdade entre homens e mulheres, os Direitos Humanos e o desenvolvimento de todos com o mínimo de desigualdade. Essas seriam as grandes paixões que os homens devem buscar e conceitos muito próximos a uma ética da atualidade.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

23º Inverno Cultural - Balanço


Dia 31 de julho, com um público total de 80 mil pessoas, chegou ao fim o 23º Inverno Cultural da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). O Grupo Galpão apresentou a peça “Till, a saga de um herói torto” e, em Barroso, Diogo Nogueira encerrou o festival com muito samba. As Paisagens Sonoras criadas na cidade se articularam com a cultura e com a comunidade. Elas produziram um universo próprio, caleidoscópio plural e extenso de formas e expressões artísticas. Teve um pouco de tudo: poesia, dança, literatura, peças teatrais, maquiagens, batuque, lançamento de livros. Na música, os participantes experimentaram uma multiplicidade de sensações: rock, samba, rap, progressivo, erudita, heavy metal, reggae.
Foram 15 dias de intensa atividade cultural, uma ciranda de informações, hábitos e costumes. A produção se manteve constante nas oficinas, interligando as artes e os sentidos. O reitor da UFSJ, Helvécio Luiz Reis, disse estar muito feliz com os resultados. “Apesar das dificuldades que tivemos, superamos, e muito, todas as expectativas em relação à 23ª edição do Inverno Cultural”, disse Helvécio Reis.

JustificarBalanço positivo
De acordo com Helvécio Reis, a contribuição do festival para a cidade foi grande: muitos bares, restaurantes e hotéis estiveram lotados de consumidores. “Ao concentrarmos o Inverno Cultural no Cento da cidade, não há uma dispersão tão grande das pessoas após os shows. Com isso, os bares e restaurantes ficam mais integrados como um todo: cria-se um roteiro gastronômico e um fluxo turístico. Isso gera receita e emprego, movimenta a cidade e arrecada impostos. O benefício é muito maior do que R$ 15 reais em circulação para cada R$ 1 real investido pela UFSJ”, calculou o reitor.
Para o reitor, isso se deve ao clima positivo que o evento teve, iniciado pelo cortejo de abertura, que ele considerou o melhor já feito, por causa da ampla adesão popular e participação dos muitos setores de São João del-Rei. “A equipe envolvida na organização conseguiu manter esse clima de entusiasmo ao longo do Inverno Cultural. Foi muito bonito! Para mim, é um dos melhores eventos que fizemos. Tudo isso faz com que ele venha ainda mais forte para 2011, que seja o melhor de todos”, afirmou Helvécio Reis.
O coordenador geral do Inverno Cultural, Marcos Vieira Silva disse que o ponto forte do evento foi a participação da comunidade e a presença das pessoas em quase todas as atividades. “Todos os eventos tiveram casa cheia, a não ser os mais específicos. Outro aspecto muito positivo foi o envolvimento de quem veio fazer o festival: as pessoas acompanharam, foram aos shows, participaram do cortejo e fizeram oficinas. A população da cidade e os turistas viveram o Inverno Cultural”, reforçou Marcos Vieira.

De tributo a tema
Na edição de 2010, a organização mudou o formato do Inverno de tributo a um artista para um tema abrangente. O que suscitou dúvidas e críticas, mas o resultado foi considerado positivo. “Foi um sucesso e nos alivia, porque, ao fazer os tributos, a escolha da pessoa a ser homenageada era sempre um problema pela riqueza de opções. O tema nos tirou esse peso, tornou-se um formato possível e viável: consolidou-se. Foi um sucesso e chegou para ficar”, garantiu o reitor da UFSJ.
O coordenador geral do IC ressaltou que o tema, Paisagens Sonoras foi bem desenvolvido e ganhou o envolvimento da comunidade. “Nós conseguimos fazer com que cada área temática produzisse atividades e oficinas voltadas para a idéia central. Inclusive, a palestra do Arnaldo Antunes caiu como uma luva nas Paisagens Sonoras. Isso nos surpreendeu e superou nossas expectativas ”, disse Marcos Vieira.
Arnaldo Antunes ministrou a palestra Paisagens Sonoras no dia 29. Com fácil dicção, ele disse ter adorado o convite para apresentar sua produção literária e suas músicas. Arnaldo afirmou se senti ligado com o tema do festival. “Ao juntar o visual ao sonoro, dá um curto circuito sinestésico, ativando vários sentidos”, disse o artista.
Segundo Arnaldo, o mundo contemporâneo torna inevitável o contato com diversos tipos de linguagens. “Sou fascinado com esse trânsito entre experiências integrais que religam nossos sentidos.” E acrescentou, entre muitos aplausos: “hoje, pode-se baixar música na internet e ter acesso democrático à arte. Acho que as pessoas têm que baixar mesmo, faço música para ser ouvido”.

"No geral, não foi uma matéria difícil. Apurei muto mais material do que o utilizado no texto, mas me deu uma boa visão do que foi esse festival. Não me preocupei com as fotos também, porque uma equipe de profissionais e estudantes estavam fazendo a divulgação. O clima da cidade estava realmente muito bacana durante o IC, apesar dos frequentes atrasos, foi o que me motivou a fazer uma matéria positiva."

FOTO: João Heyden

IFET inaugura três cursos


No dia 27 de junho último, mais um importante passo foi dado para o crescimento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sudeste de Minas Gerais (IF-Campus São João del-Rei). Começaram as aulas de mais três cursos, com 30 alunos cada: Especialização em pós-técnico em Enfermagem do Trabalho, Técnico em Informática, com ênfase em Internet; e Técnico em Controle Ambiental. Com isso, o IFET chega a um total de seis cursos, 220 discentes e 19 professores, sendo que, ainda este ano, mais nove docentes serão contratados.
E está prevista para agosto de 2011 a inauguração do novo prédio do Instituto, com investimento de R$ 1.866.035,75 pelo Ministério da Educação. Hoje o prédio da Escola Municipal Carlos Damiano Fuzzato, o conhecido CAIC, divide suas atividades entre os 300 alunos do Ensino Municipal, na parte da manhã e os 220 do IFET, à tarde e à noite.
Para o diretor geral do campus do IF São João del-Rei, Maurício Novaes Souza, essa expansão é importante para suprir a grande carência de técnicos no mercado. Ele afirmou que a intenção do Instituto é formar profissionais qualificados e diferenciados que colaborem com o desenvolvimento igualitário do Brasil.
Segundo Maurício Novaes, é grande a expectativa com relação a esses três novos cursos. “Queremos que os alunos participem e colaborem com o crescimento da instituição, que acabou de ser criada e precisa dessa ação conjunta”, comentou o diretor.

Novos cursos
Os três cursos recém criados pelo IFET - Pós-técnico em Enfermagem do Trabalho, Técnico em Informática, com ênfase em Internet e Técnico em Controle Ambiental - foram projetados para atender a demanda da cidade e região. Além disso, a implantação de disciplinas está sendo pensada no sentido de criar uma identidade para a instituição e co-relação entre as matérias. “A especialização em Enfermagem, por exemplo, dará suporte aos estudantes do nível técnico. No outro ano, pretendemos abrir Licenciatura em Enfermagem, que irá acompanhar os outros alunos”, explicou Maurício Novaes.
O curso técnico em Controle Ambiental tem a duração de dois anos e, de acordo com sua coordenadora, Alessandra Furtado Fernandes, o profissional formado pelo IFET irá atuar na diminuição e controle dos impactos ao meio ambiente causados pelo homem. “Aqui no Rio das Mortes, por exemplo, tem um problema muito grande com desapropriação de casas construídas em locais irregulares. Desde o começo do curso, os estudantes estarão estagiando em parcerias, como com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Um dos projetos é a revitalização desse rio”, explicou ela.
Com duração de um ano, o curso Técnico em Informática, com ênfase em Internet, tem enfoque no desenvolvimento de aplicativos e páginas online. “Toda empresa que quer divulgar seu nome e aparecer para o seu cliente pode usar a Internet como uma ferramenta. O aluno sairá do curso preparado para criar essas páginas, fazer a publicidade”, enfatizou o coordenador, Alexandre Furtado Fernandes.
Já a especialização de Pós-técnico em Enfermagem do Trabalho focará a capacitação do técnico em Enfermagem para trabalhar em empresas, junto aos ambulatórios de Saúde Ocupacional. “Na região, oferecemos mais essa capacitação, pois temos várias empresas com carência desse tipo de profissional. O campo de atuação inclui agendamento de exames e acompanhamento de casos que tenham alguma emergência”, contou a coordenadora do curso, Isabel Cristina Adão Schiavon.

Mais cursos em 2011
No próximo ano, o número de alunos deve crescer para um total de 440 no primeiro semestre e 120 no segundo. Em setembro deste ano, o IFET abrirá inscrições para o vestibular, que acontecerá em novembro. A ideia é criar mais quatro cursos: Gestão de Vendas, ou de Negócios; Direito, Engenharia Ambiental e Administração de Empresas.

"Matéria bem tranquila. Só entrevistei os coordenadores do curso e peguei algumas falas do diretor do IFET. Perguntei aos alunos a expectativa em relação ao curso, mas preferi deixar as respostas de fora da matéria. Ainda não consegui um método de obter uma resposta de uma pessoa, que valha como a opinião de um grupo. Acho que seria muito individualista, não sei."

sábado, 7 de agosto de 2010

Última pré-conferência de Saúde será neste dia 09


Na segunda-feira, 9 de agosto, às 19 horas, os moradores do Bairro Matosinhos, em São João del-Rei, terão a chance de expor e debater suas carências e reclamações durante a Pré-Conferência de Saúde, a ser realizada no salão paroquial da Igreja do Sr. Bom Jesus. Na oportunidade, serão escolhidos os delegados e condensadas as principais demandas da comunidade para a 8ª Conferência Municipal de Saúde, que acontecerá de 20 a 22 de agosto.
A importância das pré-conferências, que aconteceram durante todo o mês de julho, é levantar as demandas de cada bairro em relação à Saúde. A cidade tem localidades com necessidades muito diversas. Portanto, é importante saber quais são os problemas específicos de cada uma para debatê-las durante a Conferência Municipal.

"Existe uma desmobilização por parte da sociedade. Até agora, infelizmente, a participação do povo foi muito baixa, está abaixo da média. Até porque não existe um empenho maior da Secretaria em fazer o chamamento para as reuniões, trabalhar a divulgação em jornais, rádios e com carros de som” (Borges)

Segundo o presidente do Conselho de Saúde, Willimar Borges de Deus, as demandas dos bairros se transformam em propostas a serem apresentadas na Conferência e as Associações de Bairro escolhem os delegados do local, que poderão ser os possíveis conselheiros da próxima gestão. “As deliberações da Conferência serão encaminhadas à Secretaria Municipal de Saúde e Câmara dos Vereadores, para que sejam implantadas políticas públicas de saúde no município”, afirmou Borges.

Baixa participação
De acordo com o conselheiro, a participação popular foi pequena nas reuniões que já aconteceram. “Existe uma desmobilização por parte da sociedade. Até agora, infelizmente, a participação do povo foi muito baixa, está abaixo da média. Até porque não existe um empenho maior da Secretaria em fazer o chamamento para as reuniões, trabalhar a divulgação em jornais, rádios e com carros de som”, disse Borges.
Para ele, essa situação empobrece a discussão, porque o número de pessoas que comparece nas pré-conferências não representa a realidade do bairro. “Aparecem boas propostas, mas poderia haver melhores se a participação fosse maior”, comentou.

Conferência Municipal
O tema da 8ª Conferência Municipal de Saúde é “Saúde: da educação à prevenção com participação”. Ela acontecerá no anfiteatro do campus Santo Antônio da Universidade Federal (UFSJ). No dia 20, haverá a abertura, com palestrantes. Dia 21, sábado, as discussões serão divididas em três grupos, de acordo com a área de interesse, para explorar melhor as palestras e propostas tiradas da comunidade. No domingo, 22, será feito o relatório final da Conferência, votadas as propostas e eleitos os membros da próxima gestão do Conselho de Saúde, com participação de todos os segmentos a sociedade.

"Tenho a informação de que esta reunião não se realizou por falta de divulgação e de estrutura. O presidente do Conselho me afirmou que o secretário de Saúde, José Marcos, vem tentando desmobilizar a população e impedir a realização da Conferência. No momento, ela será adiada e os conselheiros estão tentando reverter a situação. Ainda não apurei nada. Mas já estou correndo atrás da pauta."

Lei que impede a Viação Presidente está engavetada

O polêmico Projeto de Lei nº. 668, que impede a Viação Presidente de trafegar nas vias de Santa Cruz de Minas, aprovado pela Câmara de Vereadores daquela cidade no dia 19 de maio e sancionado em 11 de junho pelo prefeito, José Antônio dos Santos (PP), o Padre, até o fechamento desta edição, não entrou em vigor. O chefe do Executivo informou que está analisando, junto ao Departamento Jurídico, como a lei irá ser aplicada.
O presidente da Câmara Municipal, José Antônio da Silva (PDT), o Toninho da Farmácia, que é contra o projeto, demonstrou descontentamento com a opção do prefeito em não regulamentar a lei. “Precisamos de mais ação de nosso prefeito. Ficamos tristes, porque perdemos tempo em estudar e votar o projeto e, até hoje, não aconteceu nada, ele está engavetado. Acho que isso é uma picuinha do prefeito com a Viação Presidente”, afirmou.
Segundo Toninho da Farmácia, o prefeito só publicou o dispositivo legal quando os vereadores lhe mostraram uma Lei Federal que torna ilegal a não publicação de leis já sancionadas. “Além desse, há vários projetos aprovados que estão na gaveta dele e não entraram em prática; o que prejudica nossa população”, comentou o presidente da Câmara.
O Padre comunicou que preparou a lei para entrar em prática e que isso não aconteceu ainda porque está analisando, junto ao Departamento Jurídico, como esse procedimento será feito. “Não entrou em ação porque temos que regulamentar a lei, ou seja, por placas e avisos. Isso demora um pouquinho. Vamos ver com o Jurídico se ela vai entrar em prática”, explicou o prefeito.

Polêmica
O Projeto 668 foi aprovado, no dia 19 de maio deste ano, por cinco votos a favor e dois contra, a despeito do parecer negativo da Comissão de Administração, porque a lei poderia trazer um processo judicial, futuro, ao município. “Não tem como a Prefeitura Municipal impedir que essa empresa passe dentro de nosso município. Mesmo porque, a Presidente não pega ou solta passageiros em nossas vias; ela só transita até voltar a São João. Legalmente, esse projeto não está correto, não tem como ser aprovado”, afirmou, à época, o relator da Comissão, vereador Alexandre Silva do Nascimento, conhecido Xandele (PT).
Para o presidente da Câmara Municipal, a lei não soluciona o problema de transporte dos moradores de Santa Cruz. “Esse caminho só está criando problemas. Eu não acredito que essa lei vai beneficiar a população. Acho que é uma briga particular, são questões políticas”, opinou Toninho da Farmácia.
Enquanto isso, a empresa mantém seus itinerários naquela região. O gerente da Viação Presidente, Mauro Alexandre Duarte, afirma que a empresa não foi notificada. “Pelas informações que me foram passadas, o projeto é inconstitucional, não vamos alterar o funcionamento de nossas linhas naquela região”, disse o gerente da empresa.

Prefeito e vereadores visitam Ibituruna e Nazareno

No dia 3 de agosto, o prefeito José Antônio dos Santos, o Padre e os vereadores de Santa Cruz de Minas visitaram Ibituruna e Nazareno, para verem as obras que os dois municípios fizeram com verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. A viagem teve o objetivo de tentar convencer o chefe do Executivo a preparar o projeto executivo, avaliado em R$ 50 mil, para a liberação de R$ 1,5 milhão previstos no PAC para Santa Cruz. O prefeito afirma que o gasto com o projeto seria um investimento incerto, pois a verba poderia não ser liberada.

Vereador afastado de cargo público

O vereador José Maria de Jesus (PP) foi exonerado do cargo de motorista, por incompatibilidade de horários para exercer as duas funções. Isso aconteceu após representação dos vereadores Toninho da Farmácia, Geraldo Magela Muffato (PSDB), Ana do Sacramento Cirilo (PT) e Xandele (PT) junto à promotora de Justiça, Adriana Vital do Valle, que entendeu que José Maria não poderia atuar, ao mesmo tempo, nas duas funções.
O edil recebeu com desgosto a notícia. Quando questionado a respeito do assunto, afirmou não ter tempo para dar uma declaração. Segundo o presidente da Câmara, Toninho da Farmácia, “ele me fez um agradecimento irônico, dizendo que eu tirei o pão da boca dos filhos dele. Pelo contrário, exerci minha obrigação de vereador ao respeitar a legislação do município”.

"Os vereadores não gostaram nada da demora para regulamentar a lei. Após tanta discussão, o projeto continua parado. Meu palpite é que esteja sendo utilizado como intrumento de negociação junto à empresa. Eu duvido que a lei entre em vigor. Se entrar, a Viação Presidente deve levar o caso à Justiça."

Prazo para pagamento do IPTU é prorrogado


A Prefeitura Municipal de São João del-Rei prorrogou os prazos de pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Os contribuintes poderão retirar e quitar a primeira parcela ou a parcela única até o dia 31 de agosto; a segunda vence em 30 de setembro. A medida foi tomada porque a burocracia decorrente da mudança no Imposto atrasou o processo de retirada dos boletos e muitos teriam de arcar com as multas. As pessoas podem retirar a guia no site www.iptu.saojoaodelrei.mg.gov.br.
Segundo o secretário de Arrecadação e Compras, José Antônio Furtado Sobrinho, a guia do IPTU foi disponibilizada na internet para que o contribuinte não tenha o trabalho de se deslocar até a Secretaria, o que vinha sendo alvo de muitas críticas. “Apesar disso, as pessoas continuam vindo à Secretaria da Fazenda, por não dispor de internet ou, mesmo, ter dificuldade na operação do sistema. O processo é muito fácil, mesmo assim muita gente não utiliza esse sistema”, informou o secretário.

Multas
A nova data de vencimento da primeira parcela é dia 31 de agosto. Quem retirou o IPTU antes do dia 30 de julho não pagará multa e poderá quitar seu Imposto até a nova data. “Expirado o prazo de pagamento, dia 31 de agosto, começam a correr os juros e as multas, previstos no Código Tributário, que são: 0,33% por dia de atraso e 0,5% ao mês, até o limite de 20%”, explicou José Furtado.

Acréscimo na arrecadação
Com o reajuste de 20% no IPTU e a redução do desconto no pagamento à vista de 20% para 5%, medidas autorizadas por lei, a Prefeitura Municipal estima que a arrecadação aumentará em torno de 30%.

População reclama do atraso no atendimento

Mesmo que os boletos tenham sido disponibilizados na Internet, muitas pessoas não conseguiram retirá-los e reclamaram da demora nas filas na Secretaria da Fazenda. Os contribuintes insistem que a segunda guia, também, teria que ser enviada às casas. Além disso, eles reclamaram da demora no atendimento.
"Estou na fila há mais de uma hora. Não tem funcionário e alegam que estão todos doentes. Quanto a tirar o boleto na Internet, é errado termos que fazer o serviço para eles, pois contratam tanta gente para chegarmos aqui e só ter mesa vazia. Achei que deveria ter enviado o boleto correto Agora, ainda temos que nos deslocarmos de nossa casa para virmos atrás da segunda via. Isso é um absurdo!", reclamou Ana Cristina de Paula, dona de casa, moradora da Av. 8 de dezembro.

Improvisos
José Antônio Furtado contou, no dia em que vários guichês de atendimento estavam vazios, que dois funcionários estavam com atestado médico, três de férias, um com o filho doente e outro de luto. "Estamos improvisando os fiscais para resolver o problema. A solução por nós encontrada, de imediato, foi disponibilizar o boleto na Internet: www.iptu.saojoaodelrei.mg.gov.br”, afirmou.

29 mil imóveis
O secretário de Arrecadação e Compras explicou que não enviou o boleto definitivo às casas dos contribuintes, como o primeiro, por falta de tempo. “Ainda teríamos que enviar para a gráfica e mandar pelo Correio. São João tem em torno de 29 mil imóveis”, disse José Furtado.

Entenda o caso
No início de 2010, o prefeito de São João del-Rei, Nivaldo José de Andrade (PMDB), criou a Comissão Municipal de Valores Imobiliários, pelo Decreto 4.234/10, para reavaliar o metro quadrado dos terrenos e das construções da cidade e elaborar uma planta genérica de valores. Porém, os valores aplicados ao IPTU foram bem maiores aos que a população estava acostumada a pagar; o que gerou descontentamento.
Assim, Nivaldo Andrade recuou e alterou a cobrança do Imposto referente a 2010. O Decreto nº. 4.350 altera o valor do IPTU, seguindo a Lei Municipal 4.294, de janeiro de 2009, que, para 2010, determina um reajuste de 20% sobre o valor venal cobrado em 2009. De acordo com José Antônio, “após várias ponderações, chegou-se à conclusão de que o aumento teria sido exagerado. Então, reduzimos o valor de acordo com o que estava previsto por lei”.

"Isso estava previsto. Achei estranho o fato do secretário de Arrecadação não me passar o número de pessoas que ja retiraram suas vias. Disse que estavam sem tempo para terminar o levantamento."

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

RU previsto para julho de 2011


A Universidade Federal de São João del-Rei começará a 2ª etapa de construção do seu Restaurante Universitário (RU), no campus Tancredo Neves (CTan). Esta fase, orçada em 1,2 milhões de reais, irá terminar a estrutura interna prédio. O RU deverá ser entregue em julho de 2011, com gasto total de R$ 3,2 milhões de reais e capacidade de 2,5 mil refeições por dia. Além disso, já foram assegurados os recursos para o Alojamento Estudantil, que deve oferecer 192 vagas. As obras devem ser licitadas em março de 2011, com um custo total de 4,2 milhões.

"O RU deverá ser entregue em julho de 2011, com gasto total de R$ 3,2 milhões de reais e capacidade de 2,5 mil refeições por dia"

Segundo o reitor da UFSJ, Helvécio Luiz Reis, o Restaurante Universitário e o Alojamento Estudantil irão sanar demandas históricas da comunidade acadêmica. O AE terá 48 apartamentos divididos em dois blocos, totalizando 192 vagas. Os blocos terão cozinha, refeitório e lavanderia coletivos, e espaço de convivência. A cobertura da edificação terá aquecimento solar e reuso de água pluvial nos sanitários.
Ele ainda informou que estão sendo iniciadas as obras de mais um prédio da Zootecnia e um bloco no campus Sete Lagoas, com investimento de R$ 700 mil reais cada. Duas bibliotecas estão em processo de licitação: uma para o campus Sete Lagoas e outra para o Alto Paraopeba, custando R$ 3,1 milhões cada.

Autonomia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, durante reunião com os reitores da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais (Andifes), dia 19, três decretos e uma medida provisória que conferem maior autonomia às universidades federais. Um dos decretos determina maior autonomia orçamentária e administrativa das federais. “Essa medida nos tranquiliza porque será permitido que o orçamento não empregado pelas universidades até o final do exercício de cada ano possa ser reutilizado no exercício seguinte. Não vamos ter que apresar as negociações ao final de cada ano”, disse Helvécio Reis.
Outro decreto assinado pelo presidente Lula autoriza as federais a realizar concursos públicos para substituição automática de técnicos administrativos, sem depender de autorização específica dos ministérios da Educação e Planejamento, Orçamento e Gestão. “A Banca de Técnicos Equivalentes nos dará maior estabilidade porque poderemos contratar técnicos, caso ocorra alguma vacância como: exonerações, aposentadorias e falecimentos”, informou o reitor da UFSJ.

"Notícia anunciada por Helvécio em uma coletiva no dia 02 de agosto. Sem maiores novidades, os alunos da UFSJ esperam, ansiosos, a inauguração do RU. Enquanto isso, cada um vai se virando do jeito que pode (isso dá pauta...)."

Policiamento durante os grandes eventos


Entre os dias 17 e 31 de julho, São João del-Rei viveu, intensamente, o 23º Inverno Cultural da Universidade Federal (UFSJ). E de 4 a 8 de agosto, a cidade, novamente, se agita para receber a 7ª Exposição Agropecuária. Para dar conta do aumento no fluxo de pessoas, a Polícia Militar mobiliza todo seu efetivo e planeja operações especiais para os maiores shows. O que garantiu um Inverno Cultural livre da criminalidade e pretende estender essa segurança para a Exposição.

Inverno Cultural
Segundo o chefe de policiamento do 38º Batalhão de Polícia Militar, capitão Edinilson Correia da Costa, durante o Inverno Cultural, houve um aumento do número de policiais nas ruas do Centro da cidade. “Nos eventos especiais, determinamos que as viaturas passassem nos locais que tivessem maior concentração de pessoas. Além disso, remanejamos o policiamento, dobramos o efetivo e, principalmente nos três grandes shows, escalamos policiais que estavam de folga”, contou o capitão Costa.
Segundo ele, as principais ocorrências notificadas pela PM envolvem, apenas, atritos e brigas. “Nada de mais grave que possa comprometer a segurança. Não registramos nenhum tipo de ocorrência envolvendo o Inverno Cultural, só problemas rotineiros”, comentou.
Apesar de toda a atenção da cidade estar voltada para o Centro, o chefe do policiamento garantiu que os militares continuaram, normalmente, com as rondas nas periferias. “Não houve diminuição no policiamento dos bairros, eles não sofreram nenhum prejuízo. Para isso, escalamos o pessoal da administração do Batalhão e quem estava de folga”, disse o capitão Costa.

Exposição Agropecuária
O esforço realizado no Inverno Cultural pelo 38º BPM será repetido na Exposição Agropecuária. “Fizemos uma reunião, acertando alguns detalhes, como a alteração do fluxo de trânsito e a intensificação do policiamento no interior e exterior do Parque de Exposições. Tudo isso para garantir a segurança da população”, contou o capitão Costa.

"Uma ideia de pauta bastante simples que tive, mas que nos impediu de reescrever um realese da PM nessa edição. Fui informado que não houve nunhum assassinato ou crime mais grave durante o Inverno Cultural o que é ponto positivo para o evento e para a organização militar."

Câmara volta aos trabalhos


Dia 02 de agosto, os vereadores voltaram aos trabalhos, após o recesso de julho. A sessão foi conturbada, por causa de uma discussão de mais de vinte minutos acerca do uso do carro da Câmara dos Vereadores. Logo após, membros do Centro de Referência de Assistência Social do Senhor dos Montes (CRAS) pediram, com endosso do vereador Rodrigo Deusdedit da Silva (PTB), que fosse votado um projeto que não estava na pauta. A presidente daquela casa, Jânia Costa Pereira da Silveira (PTB), pediu ordem e afirmou que não poderia discutir o dispositivo legal para não quebrar o protocolo.

Dia do Trabalhador Motociclista
Apenas um dos três projetos foi aprovado em primeiro turno. A lei nº. 5.823, de autoria da vereadora Vera Lúcia Gomes de Almeida (PT), a Vera do Polivalente, autoriza a criação do Dia do Trabalhador Motociclista, a ser celebrado em 06 de setembro. Segundo ela, essa classe merece o reconhecimento por sofrer desgaste físico e emocional no difícil trânsito da cidade. “Eles são indispensáveis, nos socorrem nessa loucura que se tornou a vida urbana”, disse Vera do Polivalente.
O único voto contrário ao referido projeto foi da vereadora Sílvia Fernanda de Almeida (PMDB). Ela explicou sua escolha afirmando que a data precisaria de palestras e seminários que conscientizassem a classe. Ela disse que se os vereadores criassem um dia especial para cada categoria de trabalhadores, iriam ficar votando projetos para sempre. “Acho que esse projeto não acrescenta nada à vida da cidade”, declarou Silvia.

Vistas
Os outros dois projetos, nº. 5.816 e nº. 5.817, foram enviados à Câmara pelo Executivo. Estes dispositivos legais autorizam cessão de terrenos da Prefeitura Municipal, em regime de comodato, para a Loja Maçônica Fraternidade e Harmonia e para a Associação dos Moradores do Alto das Mercês. As instituições construiriam, nos locais, as suas sedes. Contudo, ambos os projetos foram vistados pelos vereadores Sílvia Fernanda e Rodrigo Deusdedit por causa de ambiguidades em sua redação.

"É impressionante! Os vereadores têm tantos textos para discutir e votar e, na primeira sessão do segundo semestre, entram três mini-projetos. E o plebiscito, o impasse no problema de água e esgoto no município, a regulamentação dos motociclistas? Há várias matérias paradas, que só foram lidas nessa reunião. Parece que tudo está uma maravilha e que temos todo o tempo do mundo."