sexta-feira, 22 de outubro de 2010

UPA deve ser terceirizada


Antes mesmo do término das obras de adequação estão sendo analisadas as possíveis alternativas de gestão da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). O secretário municipal de Saúde, José Marcos de Andrade, já discute a possibilidade de terceirizar o serviço. Alguns setores da sociedade civil apoiam essa iniciativa, argumentando que o município não tem competência para administrar a Unidade. As reuniões estão em fase inicial, mas foram feitas visitas técnicas às duas UPA’s terceirizadas de Juiz de Fora.


"Pra mim é o único caminho que temos porque a Secretaria de Saúde não tem competência administrativa para poder gerir o serviço. Isso já está demonstrado” Claret

O secretário de Saúde informou que a terceirização ainda é apenas uma ideia. “Quem deve bater o martelo quanto a isso será o prefeito Nivaldo. Estamos buscando o melhor caminho para gerenciar a UPA”, afirmou José Marcos.
De acordo com o secretário, foram realizadas visitas à cidade de Juiz de Fora para avaliar o funcionamento das duas UPA’s daquela cidade, que são terceirizadas. “Tivemos a visão de como está o serviço lá. Há um grau de 89% de satisfação da população com o atendimento. Eu vejo a terceirização com bons olhos”, afirmou.

Avaliação
O membro do Conselho de Saúde, Antônio Claret de Souza, apoia a terceirização da gestão da UPA de São João. “Para mim é o único caminho que temos porque a Secretaria de Saúde não tem competência administrativa para poder gerir o serviço. Isso já está demonstrado”, criticou o conselheiro.

"A Secretaria é incompetente para administrar até as Unidades Básicas de Saúde. Agora, sou contra passar para as Casas de Saúde da cidade, que não têm respeito com a população, tendo em vista a constante falta de profissionais no atendimento”, Air

Claret disse, ainda, que o serviço de urgência e emergência prestado pelas UPA’s de Juiz de Fora é de excelente qualidade. “Muito bem organizado. Pelo o que eu vi, São João ficaria anos luz de distância do atendimento de saúde que existe hoje. Temos, realmente, que terceirizar, visto que, se ficar com o pessoal que conhecemos, o atendimento não será o adequado”, comentou.
O presidente do Conselho da Cidade, Air de Souza Resende, concordou com Claret de Souza. Para ele, a terceirização seria o ideal. “A Secretaria é incompetente para administrar até as Unidades Básicas de Saúde. Agora, sou contra passar para as Casas de Saúde da cidade, que não têm respeito com a população, tendo em vista a constante falta de profissionais no atendimento”, afirmou Air.
Indagado acerca da questão, o superintendente da Santa Casa, Osvair Murilo da Cunha, respondeu que as atenções das Casas de Saúde estavam voltadas para a resolução do impasse no pronto-atendimento. “Estamos nos concentrando na urgência e emergência. Há a ideia de terceirizar, mas acontecer é outra coisa”, disse Osvair.

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