Em documento protocolado, no dia 15 de outubro, os dirigentes das duas Casas de Saúde de São João del-Rei estabeleceram um prazo de 30 dias para que o prefeito Nivaldo José de Andrade se posicione com relação ao impasse no atendimento de urgência e emergência da cidade. Hospital Nossa Senhora das Mercês e Santa Casa de Misericórdia pedem um aumento de R$ 60 mil no repasse mensal para cada. Caso não haja acordo entre as partes, a Prefeitura Municipal deve assumir o serviço.
O superintendente do Hospital, Osvair Murilo da Cunha, disse que não queria ter que apresentar esse ultimato. “As instituições marcaram diversas reuniões com autoridades da cidade, colocamos nossa posição e avisamos que as Casas não agüentam mais as dívidas. Mas eles não nos deram resposta. Diante da falta de posição por parte do prefeito, tivemos que tomar essa medida”, disse.
Por outro lado, o secretário de Saúde José Marcos de Andrade adiantou que não vai esperar os 30 dias e deve fazer uma contraproposta o mais rápido possível. Nivaldo Andrade deve avaliar se a Prefeitura possui caixa para um aumento de 100% no repasse às Casas. “Na realidade, vamos ver com o prefeito o que ele pode oferecer. Não podemos assumir o pronto-atendimento, neste momento, porque estamos perto de implantar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Não justifica assumir agora e, em pouco tempo, deixar o serviço” explicou José Marcos.
Ultimato
O superintendente do Hospital disse, no entanto, que não há uma data fixada para a inauguração da UPA. “A previsão é de inaugurar o mais rápido possível, não tem uma data, dizem que é o mais rápido possível”, comentou Osvair. E acrescentou: “Esperamos mais de 20 dias, sem ter resposta. Então, as duas Casas resolveram preparar uma carta determinando que se, dentro de 30 dias, não nos fizessem uma proposta, estaríamos passando o serviço de volta ao município. No contrato de terceirização assinado, fala de 30 dias para que o serviço seja devolvido”.
Caso o prefeito aceite a proposta e dobre o repasse dos atuais R$ 60 mil para R$ 120 mil reais para cada Casa, Cunha afirma que o serviço continuaria normalmente até a abertura da UPA.
BOXE 01
Entenda o caso
Desde o final de 2009, vem sendo traçado um cenário negativo no serviço de urgência e emergência de São João del-Rei, que culminou com o endividamento da Santa Casa e do Hospital Nossa Senhora das Mercês com a possível interdição do atendimento. A UPA, apesar de inaugurada no dia 5 de março, até hoje não foi aberta à população. O repasse de R$ 60 mil da Prefeitura Municipal para cada Casa de Saúde tornou-se insuficiente para manter os serviços.
Para que a cidade não ficasse sem atendimento de urgência, cada Casa precisou buscar empréstimos de cerca de R$ 30 mil por mês. Após um ano de empréstimos, as instituições chegaram ao seu limite de endividamento, estimados em cerca de R$ 350 mil cada uma. Então, foram realizadas reuniões para discutir a situação e encontrar uma alternativa que sanasse esse déficit e estabilizasse o atendimento até a inauguração da UPA.
As Casas de Saúde fizeram duas propostas à Prefeitura: um aumento de R$ 60 mil no repasse mensal para cada uma, sendo R$ 30 mil destinados ao reajuste aos médicos e R$ 30 mil para suprir as dívidas que vêm acumulando. A segunda trata da disponibilização dos pronto-socorros ao município, que assumiria o serviço. O Executivo seria responsável, nessa hipótese, pela contratação dos médicos presenciais e de sobreaviso. Hospital e Santa Casa pagariam a luz e os técnicos de Enfermagem e a Prefeitura os médicos e o material.
"O descaso da prefeitura com a saúde da cidade fez com que as Casas de Saúde dessem o ultimato: se em 30 dias não for feita uma proposta razoável, o contrato será quebrado e a prefeitura terá que assumir o pronto-atendimento. O secretário me disse que seria inviável dobrar o repasse. Acho que o que deve acontecer é um acordo entre as partes para que o atendimento fique como está até o começo de 2011, previsão para inauguração da UPA. Contudo, as Casas parecem estar resolutas no pedido do reajuste. O prefeito vai ter que abrir a mão."
“As instituições marcaram diversas reuniões com autoridades da cidade, colocamos nossa posição e avisamos que as Casas não agüentam mais as dívidas. Mas eles não nos deram resposta. Diante da falta de posição por parte do prefeito, tivemos que tomar essa medida” Osvair
O superintendente do Hospital, Osvair Murilo da Cunha, disse que não queria ter que apresentar esse ultimato. “As instituições marcaram diversas reuniões com autoridades da cidade, colocamos nossa posição e avisamos que as Casas não agüentam mais as dívidas. Mas eles não nos deram resposta. Diante da falta de posição por parte do prefeito, tivemos que tomar essa medida”, disse.
Por outro lado, o secretário de Saúde José Marcos de Andrade adiantou que não vai esperar os 30 dias e deve fazer uma contraproposta o mais rápido possível. Nivaldo Andrade deve avaliar se a Prefeitura possui caixa para um aumento de 100% no repasse às Casas. “Na realidade, vamos ver com o prefeito o que ele pode oferecer. Não podemos assumir o pronto-atendimento, neste momento, porque estamos perto de implantar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Não justifica assumir agora e, em pouco tempo, deixar o serviço” explicou José Marcos.
“Na realidade, vamos ver com o prefeito o que ele pode oferecer. Não podemos assumir o pronto-atendimento, neste momento, porque estamos perto de implantar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Não justifica assumir agora e, em pouco tempo, deixar o serviço" José Marcos
Ultimato
O superintendente do Hospital disse, no entanto, que não há uma data fixada para a inauguração da UPA. “A previsão é de inaugurar o mais rápido possível, não tem uma data, dizem que é o mais rápido possível”, comentou Osvair. E acrescentou: “Esperamos mais de 20 dias, sem ter resposta. Então, as duas Casas resolveram preparar uma carta determinando que se, dentro de 30 dias, não nos fizessem uma proposta, estaríamos passando o serviço de volta ao município. No contrato de terceirização assinado, fala de 30 dias para que o serviço seja devolvido”.
Caso o prefeito aceite a proposta e dobre o repasse dos atuais R$ 60 mil para R$ 120 mil reais para cada Casa, Cunha afirma que o serviço continuaria normalmente até a abertura da UPA.
BOXE 01
Entenda o caso
Desde o final de 2009, vem sendo traçado um cenário negativo no serviço de urgência e emergência de São João del-Rei, que culminou com o endividamento da Santa Casa e do Hospital Nossa Senhora das Mercês com a possível interdição do atendimento. A UPA, apesar de inaugurada no dia 5 de março, até hoje não foi aberta à população. O repasse de R$ 60 mil da Prefeitura Municipal para cada Casa de Saúde tornou-se insuficiente para manter os serviços.
Para que a cidade não ficasse sem atendimento de urgência, cada Casa precisou buscar empréstimos de cerca de R$ 30 mil por mês. Após um ano de empréstimos, as instituições chegaram ao seu limite de endividamento, estimados em cerca de R$ 350 mil cada uma. Então, foram realizadas reuniões para discutir a situação e encontrar uma alternativa que sanasse esse déficit e estabilizasse o atendimento até a inauguração da UPA.
As Casas de Saúde fizeram duas propostas à Prefeitura: um aumento de R$ 60 mil no repasse mensal para cada uma, sendo R$ 30 mil destinados ao reajuste aos médicos e R$ 30 mil para suprir as dívidas que vêm acumulando. A segunda trata da disponibilização dos pronto-socorros ao município, que assumiria o serviço. O Executivo seria responsável, nessa hipótese, pela contratação dos médicos presenciais e de sobreaviso. Hospital e Santa Casa pagariam a luz e os técnicos de Enfermagem e a Prefeitura os médicos e o material.
"O descaso da prefeitura com a saúde da cidade fez com que as Casas de Saúde dessem o ultimato: se em 30 dias não for feita uma proposta razoável, o contrato será quebrado e a prefeitura terá que assumir o pronto-atendimento. O secretário me disse que seria inviável dobrar o repasse. Acho que o que deve acontecer é um acordo entre as partes para que o atendimento fique como está até o começo de 2011, previsão para inauguração da UPA. Contudo, as Casas parecem estar resolutas no pedido do reajuste. O prefeito vai ter que abrir a mão."
é uma vergonha esta prefeitura de sao joao.só ligam para obras.na saúde é um descaso,não tem medicos nos postos,não tem tec enfermagem, não tem material,não tem nada. só sabem inaugurar postos,upa viva vida sem funcionários.to falando,só faz obras.
ResponderExcluir