No domingo passado, 2 de maio, aconteceu a terceira e última semana de gravações, em São João del-Rei, do curta metragem “Em nome de Deus”. A Igreja São Francisco de Assis virou palco da narrativa sobre religião, celibato e a vida dos sacerdotes, contada pelo diretor Wilton Araújo. A produção, feita com atores são-joaneses, promove as belezas e artistas da cidade.
O roteiro é uma adaptação do poema “Oração do Sacerdote”, do padre francês Michel Quoist, extraído do livro “Poemas para rezar”. “A obra fala da entrega dos religiosos, de seus momentos de fraqueza, do desejo de ter filhos e de outras situações que não são permitidas pela Igreja Católica”, contou o diretor.
Wilton Araújo disse que escolheu gravar o filme nesta cidade por causa da beleza arquitetônica de suas igrejas, que contribuíram muito para a fotografia da obra. “A Igreja de São Francisco tem muita imponência. Visitei Ouro Preto e outras cidades. Mas achei que São João se adequaria mais, porque eu queria uma igreja isolada, com palmeiras e essa foi a mais bonita que encontrei”, elogiou.
O curta foi todo encenado com atores são-joanenses. “Houve um processo de seleção em março. Escolhemos atores, figurantes e elenco de apoio”, contou Wilton.
Dificuldades
“Em nome de Deus” teve produção independente, motivada pela vontade do diretor e dos produtores de fazer cinema. “Fizemos tudo com recursos próprios. É coragem e gosto de querer fazer o trabalho”, afirmou Wilton Araújo. A equipe se deslocou de Juiz de Fora os três finais de semana para o processo de filmagem.
O diretor de fotografia, Wagner Soares, lembrou da resistência que algumas pessoas têm para com os artistas. “Ainda há muitas portas fechadas e entreabertas para com os artistas e isso dificulta na produção. Uma grande dificuldade, do ponto de vista técnico, foi dar continuidade à fotografia. Os horários determinados foram apertados, isso faz com que tenhamos muitas variações de luz”, afirmou ele.
Lançamento
A película está em seu processo final de produção, em que é feita a revisão de todo o material gravado, edição e trilha sonora. “Em nome de Deus” deve ser lançado no final de maio e a ideia é fazer exibições na Igreja São Francisco e no Cine Glória.
"Interessante ressaltar que a Ordem cobra para alugar a Igreja para quaisquer tipos de eventos. Além disso, ainda são intransigentes com relação às atividades feitas no interior. Presenciei, antes do início da filmagem, uma senhora, grossamente, mandando a equipe retirar os carros da lateral da Igreja, onde estavam estacionados... Com maior visão empreendedora, a Igreja servir de cenário para o filme, só divulga a beleza e imponência do patrimônio e atrai mais turistas..."
Mas é óbvio que a Ordem cobra o aluguel da Igreja. Nada mais que justo. Isso não se trata de visão empreendedora, se trata de zelar pelo patrimônio e arrecadar verba para a manutenção da mesma. Você parece não entender que, monumentos históricos, como a Igreja de São Francisco de Assis necessitam de cuidados especiais e de constante manutenção e nem tudo é custeado pelo IPHAN e pela Prefeitura. O interior de templo, todo recoberto por ouro precisa ser preservado, sobretudo de flashes e forte iluminação(que sempre estão presentes não só em filmagens de cinema ou tv, mas também durante casamentos e cerimônias especiais) pois esses fatores danificam o ouro, deixando-o fosco e mais sucetível ao descascamento. Uma vez que isso acontece, é de extrema importância que se cobre uma taxa que além de servir para os cuidados com as imagens e pinturas, também é usada para a manutenção da Ordem. Você é um estudante com muito pouca experiência na área. Tomara que consiga adquirir mais sensibilidade para tratar assuntos que ultrapassam as barreiras da política da câmara dos vereadores, esgotos entupidos e a vida social do deputado Reginaldo Lopes.
ResponderExcluirreligião, igreja e patrimônio de cu é rola...
ResponderExcluirNão estamos discutindo nem religião nem igreja enquanto instituição. Se patrimônio de cu é rola, deveria procurar um local que melhor se adeque aos seus ideais e estilo de vida pois, SJDR é histórica e vive disso.
ResponderExcluirCara, eu concordo que o patrimônio deve ser preservado, só que ficar com essa visão higienicista do patrimônio não vai levar ninguem a lugar nenhum.
ResponderExcluirNão entendo porque defender a burocracia, que só serve pra travar qualquer coisa...
Uai, sou inexperiente mesmo. Não conheço da área de preservação mesmo. Estou fazendo jornalismo. E apresentei uma postura que defendo. Tem que cobrar mesmo, com consciência. Como me disseram os cineastas, nunca mais voltam para a cidade por causa das difculdades e burocracias. Óbvio que a matéria traz o debate acerca de um assunto. Que o anônimo deu uma contribuição importante para ressaltar. Não digo que está errado em cobrar. Só que se alguns não podem pagar pelo aluguel, qual o problema. Além do mais, fica claro na matéria que o posicionamento está embasado pela fala dos cineastas não estou inventando nada nem partiu da minha falta de sensibilidade, sei das dificuldades em se admnistrar o patrimônio e também da pouca flexibilização...
ResponderExcluirenquanto estviermos presos nesse racionalismo técnico fica díficil debater sobre tais temas...
Principalmente pelos ataques frontais a mim dirigidos,quanto a falta de senbilidad. Isso em nada promove a crítica e o livre raciocínio, muito menos o desenvolvimento da mídia regional. Já tratei de diversas greves e lutas de movimentos sociais contra a homofobia, temas espinhosos, e acho que fiz com alguma propriedade. Claro que quero sempre melhorar o meu conhecimento e acho q sei tratar de fatos além de esgotos e Câmara.
Se o anônimo quiser acompanhar, estou preparadno uma longa reportagem sobre a descaracterização visual da cidade, se ele quiser me passar informações, estou aberto ao debate.
Não sou o mesmo anônimo.
ResponderExcluirOlha, li o que o dono do blog disse lhe garanto, eles voltam sim. Sempre voltam. Filmaram Hilda Furacão, Amor e Cia,Uma professora muito maluquia e tantas ooutras prouduções nacinais de televisão e cinema.
Tomara que voltem mesmo. Uma cidade linda como essa tem que ter seus bens culturais divulgados para o mundo!
ResponderExcluirOlá, gostaria de parabenizar pela reportagem e dizer que ass. ao filme, mas tb quero fazer um adentro - não li em momento algum o nome do ator do filme na sua reportagem. Acho que atores tb têm que ser divulgados! Vlw!!!
ResponderExcluir