domingo, 18 de abril de 2010

Auxiliares de serviços gerais param no CDB


Vinte e três empregados da empresa “Minas Serviços Gerais” fizeram greve no dia 12 de abril, no campus Dom Bosco da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). A paralisação aconteceu por causa de atrasos nos salários. Um novo contrato será assinado no dia 19 de abril e promete terminar com alguns dos problemas dos funcionários.
A empresa foi terceirizada, pela UFSJ, para fazer o serviço de faxina no campus Dom Bosco. Segundo o pró-reitor de Administração, Benedito Anselmo Martins de Oliveira, o Bené, a Universidade começou a ter problemas com a empresa nos últimos três anos. Além dos recorrentes atrasos salariais, o contrato não previa o pagamento de cestas básicas nem auxílio transporte.

Novo contrato
Este mês, a Minas Serviços Gerais ganhou, novamente, a licitação, no valor de R$ 674.400,00. Mas o pró-reitor de Administração garantiu que os descasos com os funcionários não continuarão. “O contrato antigo era completamente aberto. O atual assegura que a empresa pague todos os funcionários na data correta, senão a Universidade não fará o repasse. Se, mesmo assim, o atraso persistir, podemos suprimir o contrato imediatamente”, informou Bené.

No novo contrato já estão previstas muitas das reivindicações dos funcionários da empresa, tais como: pagamento em dia, reajuste salarial e atualização de uniformes e material de limpeza. Além disso, quando o contrato for assinado, a empresa terá que desembolsar cerca de R$ 36 mil. O valor será uma segurança contra novos atrasos. “Será uma nova Minas. Caso ela atrase o pagamento dos funcionários, podemos utilizar o dinheiro do fundo. Então, poderíamos procurar outra empresa para realizar o serviço e garantir que os trabalhadores não sejam prejudicados”, afirmou o pró-reitor.
A Minas Serviços Gerais terá, ainda, que saldar todas as dívidas que tem com seus funcionários, quando da assinatura do novo cotnrato. “Eles vão ter que arcar, de imediato, com tudo o que não foi pago. Mas se eles não aceitarem os termos do contrato, iremos buscar outra empresa para realizar a limpeza do campus”, afirmou.

Volta ao trabalho
Os funcionários voltaram ao trabalho no dia 13. O pagamento de seus salários foi efetuado com uma semana de atraso. Agora, eles aguardam a posição da empresa com relação ao novo contrato.

Demais campi
A empresa, também, realiza o serviço de faxina nos campi Santo Antônio e Tancredo Neves. Porém, segundo Bené, há irregularidades no contrato e, em breve, a UFSJ deverá entrar em processo de rescisão contratual. A Universidade mantém contato com outras empresas, que deverão substituir a Minas Serviços Gerais naqueles campi.

"Fiz a matéria após a manifestação do grupo a qual não consegui chegar a tempo. Os profissionais não têm um Sindicato organizado e pediram orientação ao Sindi-Metal. Na apuração, achei um verdadeiro descaso o que a empresa fez com eles. O contrato que estava em vigência não contemplava cestas-básicas e auxílio tranporte. Os salários eram, frequentemente, atrasados, assim como INSS e FGTS. Pelo que me foi dito, a UFSJ nada podia fazer porque era refém do contrato assindado, que Bené chamou de 'o pior do Brasil'. Ele foi bem sincero em sua conversa com os empregados. No que tange ao jornalismo, essa seria uma boa oportunidade para eu ter enverado por uma apuração mais intimista e pessoal. Pensei em fazer isso dando pouco enfoque aos problemas salarias, eu os deixairia no lead e no sub-lead. No restante do texto, colocaria depoimentos intimistas dos empregados relatando como os desmandos da empresa estavam afetando suas vidas. Ficaria bacana, já que nunca fiz nada parecido. Muitos falaram das humilhações que passavam, pois ficavam devendo em muitos lugares, inclusive para os Bancos. Deixo esse tipo de matéria para outra oportunidade, já que o espaço era pequeno e quis destacar a questão dos atrasos..."

Um comentário:

  1. massa a matéria hein, pouca vergonha o descaso com os funcionários... a universidade tem que fiscalizar melhor as empresas que contratam
    abração!

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