quinta-feira, 31 de março de 2011

Damae abre cerca de 20 buracos por dia para manutenção de rede de água


Setenta mil reais do orçamento da Prefeitura vão para o esgoto todo mês. O diretor do Damae (Departamento Autônomo Municipal de Água e Esgoto), Jorge Hannas Salim, afirma que 14% do orçamento do Damae são gastos em reparos na rede de água e esgoto e apenas 10% são investidos em saneamento básico. Além do alto valor, as constantes manutenções geram desconforto nos moradores e nos motoristas da cidade.



De acordo com Jorge Hannas, são abertos, diariamente, uma média de 20 buracos em São João del-Rei. Ele atribuiu à freqüência dos reparos à “precariedade das redes de água. Na maioria das vezes, fazemos o reparo em um dia e, no outro, o cano arrebenta no mesmo local. Então vira uma coisa praticamente contínua”, declarou o diretor do Damae.

Manutenção
Os problemas nas vias de água são causados pelo trânsito de veículos pesados. As tubulações são antigas, de ferro fundido e as junções são de chumbo. Elas não foram projetadas para suportar o tráfego atual. “Há uma circulação de automóveis leves e pesados muito grande no município. Mas, na colocação da rede, não houve preparação para isso”, disse Hannas.
Quando um cano trinca, os moradores avisam o Damae, que envia uma das oito equipes para fazer a avaliação e a manutenção do local. O serviço é terceirizado, já que a autarquia não possui todos os funcionários necessários para as obras, como calceteiro e máquinas de pavimentação.

Definitivo
Hannas declarou que, enquanto o Damae gerir o saneamento básico de São João, esse abre e fecha de rua irá continuar. A autarquia não possui verba para a troca completa das vias de água, estimada em R$ 55 milhões de reais. A solução, segundo Hannas, seria privatizar a autarquia.
Uma saída diferente seria um projeto de capitalização da autarquia, argumenta o vice-presidente da Associação dos Moradores Amigos de São João del-Rei (Amas del-Rei), Edmilson Resende Salles. “Critico muito o Damae por sua estrutura obsoleta e sua falta de planejamento”, disse.
Ele acredita que, mesmo com a atual arrecadação é possível começar a fazer um trabalho de substituição do encanamento, “principalmente no Centro”. Ele aconselhou a aumentar o investimento, por meio de um trabalho de capitalização.

Transtornos
A técnica em Enfermagem, Cláudia Oliveira dos Santos, 31, afirmou que passa todos os dias pela Avenida Tiradentes e frequentemente encontra obras de manutenção de rede de esgoto. “Aqui já tem uma circulação de automóveis muito grande em horário de pico. Então, quando tem alguma obra, o trânsito piora bastante. Fica complicado”, reclamou a motorista.
Outro condutor, Fernando Rodrigues da Silva, 44, se mostrou irritado com o buraco aberto. Ele afirmou que, embora de as manutenções sejam feitas rapidamente, elas acontecem constantemente. “O pior é que o asfalto fica todo irregular. Não colocam o asfalto de novo e fica um buraco desnível de terra ou um remendo de paralelepípedos no lugar”, declarou o empresário.

"Créditos da foto para Vinicius Tobias. Já queria fazer essa matéria há muito tempo. Creio que há mais de 10, 20 anos essa situação se repete e me recuso a acreditar que nada pode ser feito. Que, por mais brilhante que seja a administração, a situação não mudaria. Pouco a pouco, tudo se resolve. Principalemente com um plano de hidormetração paulatina e troca de encanamento das áreas mais prejudiciais. Falta vontade política, visto que o Damae poderia ter recursos para fazer as mudanças necessárias. Mas se não e do interesse do Sr. Prefeito, fica difícil."

Nenhum comentário:

Postar um comentário